quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Vazamento da Chevron no Campo de Frade terá multas pesadas, diz ANP

Via Estadão
Por Irany Tereza
17.11.2011

Segundo a agência, uma das multas recebidas pela petroleira será por a companhia ter informado o mesmo volume de óleo vazado por três dias, o que é impossível de acontecer

RIO DE JANEIRO - O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, disse nesta quinta-feira, 17, em entrevista à Agência Estado, que o óleo que escapa do Campo de Frade, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, é originado do vazamento na sapata de um dos poços. Parte do óleo extraído da jazida escapou desse "furo" e atravessou uma falha geológica, desembocando no assoalho oceânico e contaminando a água do mar em um ponto cerca de 150 metros adiante. Isso significa que o vazamento ocorreu provavelmente por um erro de operação do poço e não por uma falha natural alheia à responsabilidade da empresa.

Lima está convicto de que serão aplicadas "multas pesadas" pelo acidente, mas diz que a comissão que analisa o caso só terá noção do valor depois de controlado o vazamento. O campo é operado pela Chevron, com 51,7% de participação, em sociedade com a Petrobras (30%) e o consórcio Frade Japão Petróleo (18,3%). "A prioridade agora é controlar o vazamento", disse Lima. Para isso foi iniciado o processo de cimentação, que prevê quatro etapas, sendo que a primeira delas foi concluída ontem. "Os engenheiros afirmaram que foi um sucesso", completou Lima.

As quatro etapas ocorrerão em profundidades diferentes do mesmo poço. A primeira cimentação, concluída ontem, tem secagem total prevista para hoje, 20 horas depois do processo. Lima não soube informar com precisão quando todo o processo será finalizado. Continua

Leia também:
O tamanho do estrago