Essa semana fui surpreendida com a notícia de que um programa de televisão ia entrevistar o assassino Guilherme de Pádua! o apresentador pretendia encontrar uma justificativa no fato de que a jornalista Gloria Maria o havia entrevistado para o Fantástico! Sim, mas essa entrevista é anterior ao julgamento. É de 1996. Todos os criminosos costumam ser entrevistados antes do julgamento, para contar as versões que lhes vierem à cabeça. E o assassino em questão, contou muitas.
Diante da nossa lei, enquanto acusado, a pessoa pode dizer o que quiser para se defender, mentir, caluniar, tudo isso se considera que faça parte do direito de defesa. E Guilherme de Pádua usou e abusou desse direito.
Caso julgado, fatos comprovados, a conversa é outra! agora está sujeito a processos criminais e civeis. Portanto, diante da anunciada entrevista, tratei de contatar meus advogados, Arthur Lavigne(criminal) e Paulo Cesar Carneiro (civel), disposta a entrar com todas as medidas cabíveis, no caso de qualquer desrespeito envolvendo a memória da minha filha!
Esse assassino cruel teve amplo direito de defesa, foi julgado e condenado por homicidio duplamente qualificado no Tribunal do Juri. Portanto, não posso admitir que, 18 anos depois, a título de divulgação pessoal, venha querer fazer seu júri particular no programa do Ratinho.
A iniciativa do programa foi um insulto a mim e a todas as mães de filhos assassinados. Se deu algum IBope, sr Ratinho -que o lucro lhe seja leve!
de tudo um pouco
Comentário:
Em seu twitter, logo após o programa ter ido ao ar, Glória publicou : Esse é o psicopata
Toda minha solidariedade à Glória e a todas as mães que tiveram os filhos assassinados.
Adelidia Chiarelli