sábado, 17 de abril de 2010

Estudo revela estupro em larga escala em região do Congo

Texto Via BBC-Brasil - 15.04.2010


Um novo relatório da ONG britânica Oxfam, que entrevistou quatro mil mulheres vítimas de estupro no leste da República Democrática do Congo, revelou que 60% das vítimas foram violadas por grupos de homens armados.

As vítimas vivem na província de Kivu do Sul, região aterrorizada por conflitos entre tropas do governo e milícias rebeldes, para este estudo de quatro anos, e mais da metade disse que os ataques foram realizados em suas casas.

Só no ano passado, a ONU disse que mais de 5 mil pessoas foram estupradas na província de Kivu do Sul.

Uma das entrevistadas disse aos pesquisadores: "O meu marido e eu estávamos dormindo na nossa casa. As crianças estavam dormindo na casa ao lado. Os soldados chegaram e trouxeram a minha filha para a nossa casa, onde a estupraram na minha frente e do meu marido. Depois eles exigiram que o meu marido estuprasse a minha filha mas ele se recusou. Eles atiraram nele."

"E então eles entraram na outra casa, onde encontraram meus três filhos. Eles mataram todos os meus três meninos. Depois de matá-los, dois soldados me estupraram, um após o outro."

Tropas da Organização das Nações Unidas (ONU) no país estão apoiando esforços para derrotar rebeldes ligados ao genocídio ocorrido no país vizinho, Ruanda, em 1994.

Mas a pesquisa mostra que quando essas ofensivas apoiadas pela ONU são realizadas, as mulheres ficam ainda mais vulneráveis. Continua


***

Via El País - Por CECILIA JAN - Madrid - 15.04.2010

Un arma de guerra atroz que destruye todo tu mundo

Las violaciones en grupo por las partes en conflicto en República Democrática de Congo causan importantes secuelas a las víctimas. - Intermón Oxfam exige que la misión de la ONU proteja a los civiles de forma activa

"Prefiero la muerte a la vida. Ahora ya no estoy en el mundo". De esta manera desgarradora describe una mujer de 27 años sus sentimientos tras ser violada por un grupo de hombres armados delante de su marido y sus tres hijos, que la abandonaron por el estigma que supone la agresión sexual en República Democrática de Congo.

El uso de las violaciones sistemáticas como arma de guerra por parte de los grupos que combaten desde hace más de una década en el este del país es una constante, más sangrante aún por la presencia en la zona de una de las mayores misiones de paz de la ONU. Así lo pone de manifiesto un informe difundido por Intermón Oxfam, que demanda a Naciones Unidas un mandato más claro para la protección de los civiles.

Las historias son tan atroces que cuesta imaginarlas desde nuestro mundo:

"Era de noche y estábamos durmiendo cuando atacaron nuestra casa. Seis asaltantes entraron, cuatro bien armados con pistolas (...). Obligaron a mi marido a transportar sus cosas al bosque. Dejaron a uno de mis hijos atrás, pero nos siguió, y trajo dinero para que nos liberaran. Los asaltantes le cortaron los dedos y perdió mucha sangre. Seis hombres me violaron delante de mi marido, y le obligaron a sujetar mis piernas mientras me violaban". Continua


Legenda da imagem (El País):
Mujeres violadas asisten a una conferencia de la ONU en el hospital de Panzi, en Bukavu (República Democrática de Congo).- REUTERS