JC e-mail 3980, de 31 de Março de 2010.
Formação de professores em cursos de educação a distância gera polêmica
Qualidade dos cursos oferecidos na modalidade distancial é assunto da Conferência Nacional de Educação (Conae)
A formação de professores em cursos de educação a distância está longe de um consenso entre os educadores que participam da Conae (Conferência Nacional de Educação). Os defensores da modalidade afirmam que essa é a única forma de garantir o ensino universitário aos que vivem em regiões de difícil acesso e os que são contra salientam a falta de qualidade dos cursos.
A diretora do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul e presidente do Conselho Estadual de Educação, Cecília Farias, critica a formação de professores em cursos de educação a distância. Para ela, é preciso haver formação presencial do futuro professor. "Nos cursos de pós-graduação, não há problema [com a distância], mas, para a formação inicial, somos contra."
A professora ressaltou que várias instituições privadas não estão oferecendo cursos de qualidade e que existe muita mercantilização. "Os objetivos são apenas financeiros."
A coordenadora-geral de Formação da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Helena de Freitas, que também participa da Conae, lembra que a escola deve ser vinculada à sociedade e que muitos cursos a distância são de baixa qualidade.
"Temos que examinar que tipo de professores são formados nesses cursos. Um encontro presencial é limitado no tempo e no espaço e distante da realidade da sociedade", disse ela. Continua
Comentário básico:
Numa sociedade onde se privilegia o ter, no lugar do ser.
Numa sociedade onde optaram pela formação de consumidores, no lugar de cidadãos.
Numa sociedade onde a máxima é: "Consumo, logo existo!"
Numa sociedade onde livros-textos foram trocados por apostilas.
Quem está preocupado de fato com uma educação de qualidade?
Poucos, muito poucos. Raríssimos.
Adelidia Chiarelli