Governo culpa falha do laboratório e crise aérea na Europa por atraso na entrega
Da Agência Brasil
Portadores de HIV e representantes de organizações não governamentais (ONGs) realizaram na manhã desta quarta-feira (28) em frente ao Ministério da Saúde um ato público em defesa do acesso a medicamentos antirretrovirais fornecidos pelo governo federal. A manifestação ocorreu também nas secretarias de Saúde de pelo menos oito Estados do país.
Desde dezembro, os portadores de HIV sofrem com a falta do medicamento Abacavir, além da redução do estoque de mais três remédios: o Lamivudina, Efavirenz e Zidorrudina. Em Brasília, os manifestantes foram recebidos pelo coordenador do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Bezerra, e pela secretária executiva do Ministério da Saúde, Ieda Diniz.
O aposentado Lucier Pereira, morador de Ceilândia, cidade do Distrito Federal a 26 km de Brasília, participou da manifestação. Usuário do Abacavir, ele precisou substituir o medicamento por outro, o Biovir. No entanto, o remédio contém em sua composição o AZT, substância a qual Lucier apresenta intolerância.
- Além de não ter o mesmo resultado do Abacavir, sofro com efeitos colaterais como náuseas e vômito.
Entre os manifestantes estava também o cabeleireiro Alex Fabiano de Souza, dirigente do Grupo de Apoio a Portadores da Aids de Montes Claros (MG).
- Minha ONG tem 15 crianças que, sem os remédios, podem morrer. Continua