segunda-feira, 20 de setembro de 2010

De Nova York a Babel – Você sabe falar Globish?

Via Estadão, há 416 dias sob censura
Por Gustavo Chacra
17.09.2010

Com 1.500 palavras dá para falar inglês – ou melhor, “Globish” (ou globês, em tradução livre). Esta é a teoria de Jean-Paul Nerriere, ex-diretor de marketing internacional da IBM e idealizador desta nova linguagem, usada por dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, que a utilizam sem perceber.

Atualmente, 96% das conversas em inglês no mundo envolvem pelo menos um interlocutor que não possui o inglês como primeira línguas. Pode parecer exagero, mas mesmo em países como os Estados Unidos, Inglaterra e Austrália, milhões de habitantes utilizam outra língua como primária. Em outros, como o Canadá e a África do Sul, outros idiomas também são utilizados.

“Meu sotaque entrega imediatamente que não sou americano, não sou inglês. Sou francês, claro. Mas esta forma de falar não me impediu de me dar bem importantes empregos internacionais. Viajei ao Japão, Coréia do Sul, Ásia para as Américas”, afirma Nerriere, que criou uma empresa para ensinar Globish que também possui como focos americanos e ingleses.

Dow Jones + Microsft = Globish

Segundo ele, em manifesto defendendo o Globish, “as pessoas ficavam felizes em fazer negócios comigo porque meu inglês é tão limitado quanto o deles. É mais fácil para falarmos em inglês entre a gente porque temos os mesmos problemas. Mas não problemas diferentes”.

Robert McCrum, autor do livro “Globish”, que relata a história da transformação do inglês em uma língua global, afirma que as principais transações comerciais do mundo são feitas neste novo idioma. “Dow Jones + Microsoft = Globish”, escreve em seu livro, um dos mais vendidos dos EUA no mês passado. Continua