terça-feira, 21 de setembro de 2010

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JC e-mail 4099, de 20 de Setembro de 2010.

Ou educamos ou sofremos com o atraso, artigo de Ilona Becskeházy

"Os professores ideais para alunos de ensino médio têm um perfil muito mais próximo dos de ensino superior"
Ilona Becskeházy é diretora executiva da Fundação Lemann. Artigo publicado na "Folha de SP":

Desde que as primeiras sociedades se organizaram, as gerações mais velhas sempre prepararam as mais jovens para assumir o comando. Dependendo do contexto histórico, adolescentes eram sistematicamente engajados na agricultura, no exército e até na vida religiosa, de forma que a energia mental e física destes seres humanos não fosse desperdiçada.

Hoje, na era do conhecimento, o preparo das novas gerações concentra-se principalmente na educação formal oferecida pelas escolas. No ano de 2010, o Brasil já deveria ter aprendido a lição: ou educamos nossos jovens para o exercício de uma vida produtiva ou enfrentamos o atraso por não fazê-lo. Continua

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Nordeste está 10 anos atrás do Sudeste no ensino médio

Segundo o IBGE, desigualdade regional na educação é preocupante. Índice de jovens de 15 a 17 anos no Nordeste na série adequada em 2009 é inferior à registrada no Sudeste em 1999

Em 2009, a proporção de jovens de 15 a 17 anos no Nordeste que frequentavam a série adequada para sua idade era inferior à registrada no Sudeste dez anos antes, diz o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apenas 39,2% dos adolescentes nessa faixa etária estavam no ensino médio; no Sudeste, eram 60,5% em 2009 e 42,1% em 1999.

Para o IBGE, a desigualdade regional na educação é preocupante. "Mesmo com todas as melhoras sociais, a educação avança devagar", diz Ana Lucia Saboia, gerente de Indicadores Sociais. Continua

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Longe da excelência, editorial da 'Folha de SP'

"A explicação para o domínio americano é simples. O país investe 3,1% do seu PIB em educação superior"

Leia o editorial:

Não causa surpresa o ranking das 200 melhores universidades do mundo, elaborado pela prestigiosa Times Higher Education. As universidades americanas têm a reputação de excelência confirmada com a presença de nada menos que 72 instituições entre as 200 mais bem colocadas no mundo, incluindo 15 entre as 20 primeiras. O país que mais se aproxima dos EUA, o Reino Unido, tem 29 universidades na lista.

O ranking é baseado em consultas com a comunidade acadêmica internacional e leva em conta 13 indicadores de performance, sobretudo o ensino, a pesquisa e a transferência de conhecimento.

A explicação para o domínio americano é simples. O país investe 3,1% do seu PIB em educação superior, contra uma média de 1,5% dos demais países da OCDE (sigla que reúne os países mais desenvolvidos do mundo). Essa discrepância se torna ainda maior se considerado que o PIB americano, de US$ 14 trilhões, é pelo menos duas vezes superior ao de qualquer outro país. Continua

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