08.09.2010
Plano de pastor evangélico de queimar Alcorões nos EUA causa reação mundial
Apesar dos esforços do presidente Barack Obama para melhorar a imagem dos Estados Unidos no mundo muçulmano — através de apelos ao diálogo e do esforço para levar de volta israelenses e palestinos à mesa de negociações — uma iniciativa lançada na internet pelo pastor batista Terry Jones, na Flórida, pode pôr em risco o trabalho da Casa Branca.
Depois de anunciar uma campanha para queimar exemplares do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, no próximo sábado — quando se celebram nove anos dos atentados de 11 de Setembro — o pastor se viu no epicentro de uma enxurrada de críticas mundiais: da Indonésia aos EUA, passando pelo Vaticano, lideranças civis, militares e religiosas condenaram o ato polêmico que ameaça deflagrar uma renovada onda de antiamericanismo.
No mundo muçulmano, a polêmica ganha proporções ainda maiores ao coincidir com as festividades do fim do mês sagrado do Ramadã.
Numa amostra do que pode estar por vir, centenas de pessoas foram às ruas de Cabul, a capital afegã, anteontem condenar o provocativo projeto do pastor da Flórida, entoando gritos de "Morte à América".
A embaixada americana em Cabul apressou-se em condenar o que chamou de "atos de desrespeito à religião do Islã".
O comandante das tropas americanas e da Otan no país, general David Petraeus, advertiu que o ato do pastor, se realizado, pode contribuir para a propaganda talibã — além de pôr em risco a vida de militares americanos.
— É justamente este tipo de ação que os talibãs usam, e isso poderia gerar problemas significativos — afirmou o general.
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