Edição Online - 22/09/2010
Uma tomada de opinião feita pela internet com mais de 21 mil leitores de 18 países, inclusive o Brasil, das revistas Nature e das edições americana e internacionais da Scientific American indica que a credibilidade da ciência e dos cientistas é alta. Feita sem qualquer metodologia científica, como ressaltam seus próprios autores, a enquete divulgada hoje (22/09) mostra que os leitores acreditam mais na palavra dos cientistas do que na de qualquer outro grupo de pessoas.
Numa escala de confiança que variava de zero a cinco, os cientistas receberam a nota média de 3,98, praticamente 4. Em segundo lugar, empatados com a nota 3.09, vieram os grupos de amigos/familiares e as entidades não-governamentais. A seguir apareceram, por ordem decrescente de credibilidade, os grupos de defesa dos cidadãos (2.69), os jornalistas (2.57), as empresas (1.78), os políticos eleitos (1.76) e as autoridades religiosas (1.55). Para realçar a boa avaliação feita do trabalho dos cientistas, a Scientific American usou o título “In Science We Trust“ ("Na Ciência Confiamos") em sua reportagem sobre a enquete.
A confiança dos leitores no que os cientistas dizem oscila significativamente de acordo com o tema em questão. Evolução foi o assunto em que a palavra dos pesquisadores recebeu a melhor avaliação no quesito confiabilidade. Obteve a nota 4.3, novamente numa escala que variava de zero a cinco. Também mereceram notas elevadas as opiniões dos cientistas sobre os seguintes temas: energias renováveis (4.08), origem do universo (4) e células-tronco (3.97). Os assuntos em que os leitores menos confiam nos cientistas foram: pandemia de gripe aviária (3.19), drogas para depressão (3.21) e pesticidas (3.33). Continua
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