JC e-mail 4097, de 16 de Setembro de 2010.
Estudos sobre Aids esquecem os subtipos de HIV de país pobre
Faltam dados sobre diversidade genética do vírus e dos doentes
A resposta ao tratamento da Aids depende da variante do vírus que causa a infecção e das características genéticas do próprio paciente. Mas os estudos sobre a doença estão focados apenas nos genes das pessoas e dos subtipos de HIV de países ricos.
O alerta veio de cientistas que participaram ontem de uma discussão sobre os aspectos genéticos da infecção pelo HIV, no 56º Congresso Brasileiro de Genética, que acontece no Guarujá (SP).
O grande problema é que o subtipo C da doença -o menos estudado- equivale à metade das infecções no mundo. Na Europa e no continente americano, que produzem cerca de 90% das pesquisas sobre a Aids, prevalece o subtipo B do vírus.
"A maioria dos estudos feitos com design de drogas anti-HIV hoje é para o subtipo B. Mas diferentes subtipos do vírus HIV têm comportamentos distintos em relação ao coquetel de drogas", explica o biólogo Marcelo Alves Soares, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Continua
Leia também
- Banco de Notícias
- Planalto já sabia sobre o lobby desde fevereiro
- Saída de Erenice esfarela miolo do discurso de Dilma
- Caso Erenice - Empresário ameaçou assessor
- A grande guerra
- Netinho rebate ataques sobre ex-mulher
- Entrevistas dos candidatos à Presidência da República