11.09.2010
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Preocupada com a ameaça de repetição da crise alimentar que provocou conflitos em várias partes do mundo em 2008, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) convocou uma reunião de emergência, que será realizada dia 24, em Roma. As causas dos problemas atuais são bem diferentes das que, há dois anos, levaram o mundo a enfrentar uma séria crise de alimentos.
Neste ano, o mundo deverá colher a terceira maior safra de grãos da história e os estoques mundiais estão num nível bem mais alto do que em 2008. Mesmo assim, as cotações de alguns dos principais produtos, de grande consumo pelas populações mais pobres do planeta, subiram muito nos últimos meses e algumas, como as do trigo, mantêm tendência de alta.
Protestos contra a alta exagerada de alguns produtos, como o pão, e a escassez de outros já ocorreram em Moçambique, no Egito e na Índia. Na Rússia, a falta de trigo preocupa a população, e a história recente do país mostra que a escassez de produtos essenciais - como salsicha, sal e vodca, além de farinha de trigo - pode resultar em instabilidade política.
Uma combinação de pânico de escassez prolongada e um grande fluxo de investimentos que não encontram atrativos no mercado financeiro - por causa dos juros muito baixos na maioria dos países - para a especulação com estoques e preços de produtos agrícolas está provocando, há alguns meses, uma alta contínua das cotações de alimentos. Somente no mês de agosto, de acordo com dados da FAO, os preços médios desses produtos subiram 5%. Em um ano, o preço do trigo subiu 75%. O índice geral de preços de alimentos está no seu nível mais alto desde setembro de 2008. Continua
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