sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

No sétimo dia

Via blog do Noblat
Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
07.01.2011



Hoje é o sétimo dia do governo Dilma Rousseff. Muito cedo para começar a fazer cobranças? Não penso assim. Pelo contrário, acho que ou dona Dilma enfrenta os profissionais da política de imediato – já com atraso de seis dias, ou será engolida e triturada por eles.

Se ela não se convencer que é uma noviça em meio a peritos em consertar relógio até debaixo d’água (e usando luvas de box) – sinto muito, creio que de nada adiantará torcer por ela.

Dona Dilma substitui no Planalto um especialista nessas artes, não é mesmo? Um político profissional há muitas décadas, com um extraordinário talento para toda sorte de piruetas e atrações no Grande Circo Político Brasil, mas que foi enrolado, em seu primeiro mandato, pelos grão-mestres das artes político-circenses.

Se com ele, grande perito, as atrações foram variadíssimas, imagine com uma senhora para quem o picadeiro é novidade?

Ela até que leva jeito, aprendeu durante a campanha algumas cabriolas que muito ajudaram na conquista da vitória.

Infelizmente, parece que também aprendeu a domar o que tinha de melhor: o temperamento decidido, forte, rígido.

Provou que ainda ficou um resquício dessa força ao demonstrar, de pronto, que não gostou das palavras do general que não se envergonha de ter desaparecidos políticos no Brasil. Mas foi tímida ao aceitar a banalíssima desculpa: o general foi mal interpretado!

Chamou a atenção de um general de nosso Exército, mas não chamou a atenção de um general do PT que fez uma declaração que a mim me pareceu uma ameaça tola a todos os brasileiros, e um desaforo com a presidente da República.

Segundo o senhor Gilberto Carvalho, “é melhor a oposição não se alvoroçar, pois nós ainda temos o Pelé no banco!”. Era preciso dizer a esse senhor que a bola não é deles, e nem o campo. A bola agora está até 31 de dezembro de 2014 com Dilma Rousseff e é assim que o Brasil quer jogar o jogo.

Detalhes? Talvez. Mas são esses detalhes que mostram que dona Dilma está custando a segurar as rédeas com mão firme e a fazer ver, aos artistas planaltinos, e ao povo brasileiro, que com ela ninguém vai brincar. Que o comando do Executivo é seu e de mais ninguém.

Por exemplo: o cancelamento, já, de uma aberração. O passaporte diplomático, por mais quatro anos, a dois filhos e um neto do ex-presidente Lula é coisa inteiramente fora de propósito!

Por falar nisso, alguém já procurou saber dos outros passaportes vermelhos em mãos da família Lula da Silva? Noras, netos, genro, agregados? Ou vão querer que eu acredite que só esses três foram aquinhoados com o presentinho?

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