Por Renata Lo Prete - 04.01.2010
Em setembro, três meses depois da edição do decreto de Sérgio Cabral (PMDB) que permitiu ocupação maior em áreas de preservação ambiental, como o local da tragédia em Angra dos Reis, o Ministério Público Federal na região elaborou um parecer apontando irregularidades nas novas regras.
O texto alerta para o risco de crescimento imobiliário desordenado e defende que esse tipo de alteração territorial só poderia ser feita por meio de lei. O relatório foi enviado ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Para referendar o documento, os procuradores se ampararam em uma decisão sobre um caso semelhante do ministro Celso de Mello, do STF.
Dado seu caráter tolerante para com as construções de ricos e famosos, as regras do governo do Rio para Angra ganharam na região o apelido de "decreto Luciano Huck", em alusão à casa que o apresentador tem no local.
Desculpas à parte, mesmo aliados de Sérgio Cabral acham que o governador errou feio ao não comparecer logo no dia 1º ao cenário da tragédia em Angra, relativamente próximo a Mangaratiba, local onde o peemedebista festejou a virada do ano com família e amigos.
Chamou a atenção o fato de, quando finalmente resolveu aparecer, o governador ter circulado levando a tiracolo o deputado federal Luiz Sérgio, recém-eleito presidente do PT no Rio e ex-prefeito de Angra.
Por Ricardo Noblat
04.01.2010
Basta de intermediário. Pezão para governador do Rio!
Pezão, vice-governador do Rio de Janeiro, é um craque.
Desembarcou em Angra dos Reis logo cedo no dia da tragédia.
Deu ordens aos bombeiros. Atendeu os jornalistas. Forneceu mais informações às emissoras de rádio e de televisão do que os próprios repórteres.
Há pouco, ficou durante mais de 20 minutos ao vivo no jornal Em Cima da Hora, da Globo News. E conseguiu passar batido pelo incômodo tema da ocupação irregular do solo em Angra dos Reis.
Não falou sobre invasões de terrenos promovidas pelos mais ricos.
Muito menos sobre o decreto de junho passado assinado pelo governador Sérgio Cabral, que afroxou as regras para construções em áreas de preservação ambiental de Angra e das ilhas próximas.
O decreto foi considerado ilegal pelo Ministério Público. A Assembléia Legislativa não foi ouvida nem cheirada por Cabral antes de baixá-lo.
Basta de intermediário!
Pezão para governador!
DAS CHUVAS EM SP e ANGRA