domingo, 1 de maio de 2011

Dossiês levam políticos aos ‘personal arapongas’

Via blog do Noblat
30.04.2011

Empresas e ex-policiais prestam serviço a parlamentares e ministros receosos de serem grampeados

Vannildo Mendes, O Estado de S. Paulo

Acuados pela paranoia do grampo para produção de dossiês que tomou conta do País, políticos e altos dirigentes dos três Poderes passaram a buscar no mercado profissionais com expertise em técnicas de investigação, inteligência e contrainteligência. Em geral, o objetivo é prevenir-se contra a arapongagem, mas em alguns casos é também para bisbilhotar a vida de rivais.

Profissionais da área estimam em mais de 20% o crescimento da procura neste ano. A nova legislatura já nasceu contaminada pelos escândalos envolvendo dossiês nas últimas eleições. "A procura só não é maior porque os políticos optaram por incluir profissionais de inteligência na cota de assessores", disse Edilmar Lima, dono da Central Única Federal dos Detetives do Brasil, uma das empresas do ramo mais requisitadas do País.

Mais da metade dos integrantes do Congresso, segundo Lima, já teria montado alguma estrutura de inteligência. Pelo menos 20 parlamentares requisitam os serviços da empresa. "Estamos no século da insegurança. Na política, todo mundo acha que é investigado e nos contrata para fazer contraespionagem."

Vários políticos usam recursos de espionagem para levantar a sujeira dos adversários. Para o detetive, a lógica é a mesma que move vítimas de traição, chantagem e concorrência desleal.

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