quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Artistas defenderão direito à privacidade no STF

Via blog do Josias de Souza
Por Josias de Souza
31.10.2013


Os artistas reunidos no grupo Procure Saber pretendem participar do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade movida no STF pela Associação Nacional de Editores de Livros contra os dispositivos do Código Civil que permitem o veto a biografias não autorizadas. Desejam defender no tribunal a tese segundo a qual o direito à privacidade deve ser equiparado ao direito à informação.
Em entrevista ao blog, o advogado que representa o Procure Saber, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que o grupo cogita requerer no Supremo o ingresso no processo como ‘Amicus Curiae’, expressão latina que significa ‘Amigo da Corte’. Nessa condição, a entidade que congrega, entre outros, Roberto Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Djavan, Milton Nascimento e Erasmo Carlos, poderia encaminhar memoriais aos ministros do Supremo e fazer sustentação oral no plenário do tribunal.
De acordo com Kakay, o grupo planeja também indicar um representante para representá-lo na audiência pública que a relatora do processo, ministra Cármen Lúcia, convocou para debater o tema no final de novembro. De resto, os artistas desejam influir na votação do projeto de lei que libera a publicação de biografias sem autorização prévia dos biografados, em tramitação na Câmara. 

Roberto: ‘Não somos censores!’ E são o quê?

Via blog do Josias de Souza
Por Josias de Souza
30.10.2013





O grupo ‘Procure Saber’ levou um vídeo à internet na noite passada. Na peça, os biografáveis Gilberto Gil, Roberto Carlos e Erasmo Carlos se reposicionam no debate sobre a produção de biografias no país. Antes, defendiam a manutenção de dispositivos do Código Civil que condicionam a publicação desse tipo de livro à autorização prévia dos biografados ou, quando mortos, dos seus parentes. Agora, afirmam buscar o “ponto de equilíbrio” entre dois direitos constitucionais: o direito à privacidade e o direito à informação.
“Não somos censores”, declara a certa altura, em timbre peremptório, Roberto Carlos. “Nós estamos onde sempre estivemos. Pregando a liberdade, o direito às ideias, o direito de sermos cidadãos que têm uma vida comum, que têm família e que sofrem e que amam…” Embora o Rei soe no vídeo menos confuso do que soara na entrevista de domingo passado, ele continua não fazendo nexo.
Não é preciso procurar muito para saber que, com a ajuda de Roberto Carlos, há hoje no Brasil três tipos de biografias. Além das autorizadas e das não autorizadas, existem as censuradas. Escrita por Paulo Cesar Araújo, ‘Roberto Carlos em Detalhes’ é, desde 2007, uma biografia do terceiro tipo. Enquanto a autocrítica do cantor não incluir a liberação da obra, sua trova sobre biografias não fará sentido.
Continua.

Revista brasileira que aceitou estudo falso se defende


JC e-mail 4845, de 30 de outubro de 2013
Revista brasileira que aceitou estudo falso se defende


Folha repercute entrevista com Francisco Moura Duarte, editor-chefe da revista brasileira "Geneticsand Molecular Research"

De acordo com Francisco Moura Duarte, editor-chefe da revista brasileira "Geneticsand Molecular Research" --a única do país a ser apontada pela "Science" entre as que aceitaram o artigo científico fajuto criado pela publicação americana--, a repercussão do artigo foi pequena, "quase nenhuma".

Duarte afirma que o estudo falso foi aceito "preliminarmente", para cobrir os custos da revisão e da publicação.

"Fazemos isso porque muitas vezes, depois de todo o trabalho de revisão, o autor acaba retirando o artigo e publicando o material em outra revista, então isso é uma forma de segurá-lo' e evitar o desperdício dos nossos recursos", explicou. "Se o artigo acaba não sendo aceito, nós devolvemos o dinheiro."

O editor da revista brasileira diz que foi aos EUA para consultar advogados sobre uma possível ação legal contra a "Science", mas acabou desistindo.

"Esse pessoal é muito poderoso, e a lei americana é frouxa nesse sentido."

Em carta enviada por ele à publicação americana, o pesquisador diz que outras revistas sérias também poderiam ter sido prejudicadas pela maneira como o "trote" foi conduzido.

"Nós não publicamos artigos fraudulentos, enquanto a própria Science' andou fazendo isso."

Em comunicado, a "Science" disse que o objetivo era avaliar se os periódicos honram o compromisso de avaliar rigorosamente os artigos e encaminhou o e-mail enviado pela revista brasileira que dizia que o artigo havia sido aceito e seria avaliado após o pagamento.

(Folha de S. Paulo)

Cresce número de artigos científicos 'despublicados' por fraude ou erro


JC e-mail 4845, de 30 de outubro de 2013
Cresce número de artigos científicos 'despublicados' por fraude ou erro


Enquanto a produção científica quadruplicou desde os anos 70, retratações cresceram seis vezes

Nunca tantos artigos científicos foram publicados e nunca foi tão fácil ter acesso a eles de graça. São notícias aparentemente ótimas, mas dois levantamentos recentes indicam que o efeito colateral desses avanços é uma explosão no número de estudos fraudados, plagiados ou simplesmente muito ruins.

Uma das maneiras de medir isso é a análise das "retratações", nome dado às pesquisas "despublicadas" por problemas éticos ou erros.

Em artigo na revista científica "PLoS ONE", pesquisadores nos EUA apontam que, de 2003 a 2012, o número de artigos retratados (1.333 numa das principais bases de dados do setor, a PubMed) foi quase o dobro do que se viu entre 1973 e 2002 (só 714).

Dos anos 1970 para cá, a produção científica cadastrada na PubMed praticamente quadruplicou, mas os artigos "retratados" cresceram em ritmo ainda mais forte, chegando perto de ficar seis vezes mais comuns.

O outro levantamento foi feito de forma mais rocambolesca. O jornalista americano John Bohannon, da "Science" (um dos periódicos científicos mais respeitados do mundo), enviou diversas versões de um estudo fajuto para mais de 300 revistas de acesso livre (que não cobram pela leitura de seus artigos).

Resultado: metade delas topou publicar a pseudopesquisa. Entre essas revistas está uma publicação brasileira, a "Geneticsand Molecular Research", cujo editor-chefe diz ter havido erro de interpretação.

FÓRMULA
Os estudos enviados por Bohannon seguiam uma fórmula simples, mas crível: a molécula X, extraída de um líquen Y, inibe o crescimento de células de câncer do tipo Z (um programa de computador foi usado para criar variações desse tema).

O objetivo do "trote", segundo a "Science", foi mostrar que existe um submundo de revistas científicas de acesso livre "predatórias". Em geral sediadas fora da Europa e dos EUA, essas revistas usariam o pretexto do acesso livre para ganhar dinheiro. Nesse tipo de publicação, o cientista paga os custos de impressão do artigo, diferentemente das revistas tradicionais, que cobram assinatura dos leitores.

Além de identificar o crescimento dos artigos "despublicados", a pesquisa na "PLoS ONE", liderada pelo neurofisiologista americano Grant Steen, identificou outras tendências significativas.

O perfil de quem tem artigos retratados mudou. Até os anos 1990, a maioria era gente que fazia isso várias vezes, espécie de mentirosos contumazes. Hoje, mais de 60% das "retratações" está ligada a pesquisadores que nunca tinham sofrido isso antes.

"Cientistas mais jovens podem não ter sido integrados corretamente à maneira como a ciência funciona, seja por falta de mentores cuidadosos, seja por excesso de pressão para publicar. Mas não conseguiria provar essa ideia", ressalta ele.

Um ponto que pode ser positivo, segundo ele, é que o tempo para que um artigo seja retratado encolheu: de mais de quatro anos antes de 2002 para dois anos hoje.

"Isso pode ser visto como um sinal de saúde do sistema científico. Temos de esperar para ver se a taxa de retratações vai aumentar mais. Se isso acontecer, é o caso de ficarmos mais preocupados."

(Reinaldo José Lopes/ Folha de S.Paulo)


SBPC condena invasão ao Instituto Royal


JC e-mail 4845, de 30 de outubro de 2013
SBPC condena invasão ao Instituto Royal


Helena Nader e Regina Markus gravam vídeos em que se posicionam sobre os recentes acontecimentos relacionados à experimentação animal

A presidente da SBPC, Helena Nader, também pesquisadora e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) defende o trabalho do Instituto Royal e condena a sua invasão. O instituto realiza estudos de avaliação de risco e de segurança de novos medicamentos.

Ao condenar a invasão de ativistas ao Instituto Royal, em São Roque, a 59 quilômetros de São Paulo, na madrugada de sexta-feira (18), levando 178 cães da raça beagle e sete coelhos, Helena acrescentou que o Instituto Royal é fundamental para o cenário da pesquisa brasileira.

Caso o Brasil venha a proibir os testes de medicamentos em animais, Helena diz que quem será prejudicada é a própria população. O vídeo com a opinião de Helena na íntegra está disponível em http://www.youtube.com/watch?v=T4WujoW9v_c.

Reforçando tal posicionamento, a secretária da SBPC, Regina Pekelmann Markus, biomédica e professora titular de Fisiologia da USP, afirma que os cientistas têm trabalhado para reduzir o uso de animais em pesquisas de medicamentos. Acrescenta, entretanto, que para estudos complexos os animais ainda são necessários.

Segundo Regina, o Instituto Royal segue todos os protocolos internacionais. O vídeo com o posicionamento de Regina na íntegra está disponível em http://www.youtube.com/watch?v=MPR6iohiWeM.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Roda Viva | Paulo Cesar de Araújo | 28/10/2013



BIOGRAFIAS


Bloco 1
 




Bloco 2
 




  Bloco 3



Bloco 4



Un universo “de juguete” revela que el tiempo es una ilusión

No Tendencias 21
Por 
29.10.2013



clique no texto acima para ler a matéria completa

Lojas e escolas da zona norte de SP não abrem com medo da violência

Jornal Nacional
29.10.2013

Um dia após os atos de vandalismo na Rodovia Fernão Dias, comerciantes de um bairro da capital paulista fecharam as portas, por medo de novas depredações.

Um dia após os atos de vandalismo na Rodovia Fernão Dias, comerciantes de um bairro da capital paulista fecharam as portas, nesta terça-feira (29), por medo de novas depredações.

Nesta segunda-feira, houve um protesto - depois do velório de um adolescente morto com um tiro no peito por um policial militar. O vandalismo foi promovido por grupos que se aproveitaram dessa manifestação.

Veja a matéria completa. Veja o vídeo.

Pesquisa aponta irregularidades no uso de agrotóxicos em alimentos

Jornal Nacional
29.10.2013

Segundo pesquisa da Anvisa, um terço das frutas, verduras e legumes consumidos pelos brasileiros apresenta resíduos de agrotóxicos acima do permitido ou que foram usados de forma indevida.

Uma pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária mostrou que um terço das frutas, verduras e legumes consumidos pelos brasileiros apresenta resíduos de agrotóxicos acima do permitido ou que foram usados de forma indevida.

Legumes grandes, frutas bonitas, folhas sem sinal do ataque de pragas. O preço desta beleza pode ser um risco a saúde. A pesquisa da Anvisa analisou mais de três mil amostras dos alimentos de maior consumo no país: arroz, feijão, tomate e outros dez produtos. 


Veja a matéria completa. Veja o vídeo.


Veja mais informações sobre a pesquisa divulgada pela Anvisa

'Se o Brasil manejar Aids entre gays, estará perto do fim da epidemia'


JC e-mail 4844, de 29 de outubro de 2013
'Se o Brasil manejar Aids entre gays, estará perto do fim da epidemia'


Número 2 do Programa de Aids das Nações Unidas (Unaids), o brasileiro Luiz Loures alerta para a volta do crescimento da doença entre homossexuais e pede a revisão de parâmetros de tratamento no país e no mundo

O vice-diretor do Programa de Aids das Nações Unidas (Unaids), o brasileiro Luiz Loures, é um homem com uma missão: decretar o fim da epidemia até 2030. Não da Aids, como ele sempre gosta de frisar, mas da epidemia da doença. Para o infectologista, basta olhar para os grandes avanços obtidos tanto na prevenção quanto no tratamento nas últimas décadas. O número de novos casos, para se ter uma ideia, caiu em um milhão em menos de dez anos. E a quantidade de gente em tratamento cresceu exponencialmente no mesmo período. Surpreendentemente, no entanto, a infecção volta a crescer no mundo inteiro entre os homossexuais masculinos - o primeiro grupo a ser atingido em cheio pela doença e também o primeiro a dar uma resposta social ao problema. Segundo Loures, para que sua meta seja cumprida, é preciso repensar as estratégias de combate à Aids.

O senhor costuma ser otimista. Acha que até 2030 já poderemos falar no fim da epidemia?
Eu sou um otimista mesmo. Acho que até 2030 já podemos estar falando em fim da epidemia. Não no fim da Aids, claro. Mas da epidemia. Para isso, no entanto, é preciso haver renovação nas estratégias de combate à doença. É como se a epidemia, de certa forma, estivesse se adaptando aos progressos que fizemos. Então, temos que inovar.

De que forma?
Precisamos mudar a rotina de tratamento, tratar imediatamente a população mais vulnerável. Não esperar a contagem das células CD4 (células do sistema imunológico) cair, mas tratar imediatamente. Já sabemos hoje que o tratamento é importante para a sobrevida e a qualidade de vida do paciente, mas também como forma de prevenção. Quem se trata não transmite. Felizmente, claro, não temos pessoas morrendo de Aids o tempo todo. Mas, por conta disso, a percepção de risco de um jovem gay hoje não é a mesma dos anos 80 e 90. Então temos que adaptar as estratégias.

Há uma tendência global de aumento da doença entre os gays. Por que isso está ocorrendo justamente entre o grupo que primeiro foi mais atingido e que respondeu bem à epidemia nos anos 80?
Eu não sei. Devolvo a pergunta para você. Falta a inserção do assunto como prioridade para a comunidade gay. E só faz aumentar. Está acontecendo na Europa, nos Estados Unidos, na China e na África. A tendência é ascendente em toda parte. É preciso que o tema seja tratado com a importância que tem. Há muita ênfase no debate sobre o casamento gay e pouca para esta questão.

A discussão sobre o casamento gay em várias partes do mundo não é um avanço? Não é um sinal da redução da discriminação?
É claro que é um avanço. Mas, com toda a discussão que está rolando hoje no mundo, não há evidência da redução da discriminação, pelo menos não entre aqueles sujeitos mais vulneráveis. Na última reunião da Organização Mundial de Saúde (OMS) houve uma proposta de se colocar como um item da agenda a questão da saúde LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros). E não passou. Houve um bloqueio. O casamento gay é um avanço social muito importante. Mas por que não conseguimos também discutir a saúde como um item de agenda da OMS? É um paradoxo.

É uma surpresa essa tendência de aumento da epidemia entre os homossexuais?
Não sei se é surpresa. Talvez nem seja. Os fatores que contribuem para isso continuam existindo e levando a epidemia à frente. Para se ter uma ideia, os países que mais recebem dinheiro internacional para a Aids são os mesmos que criminalizam a relação entre pessoas do mesmo sexo - alguns deles, inclusive, com pena de morte. Meus amigos gays vão me matar por dizer isso, mas a verdade é que precisamos de mais engajamento. Fora isso, eu não tenho outra coisa a fazer a não ser propor uma nova estratégia de tratamento.

Inclusive para o Brasil? Há também uma tendência de aumento da doença entre os jovens homossexuais no país?
Sim. No Brasil, cerca de metade dos novos casos da doença ocorre entre homossexuais jovens. E o país, que foi o pioneiro na universalização do tratamento, tem agora uma nova possibilidade concreta de ser o primeiro país do mundo a decretar o fim da epidemia; se conseguir manejar a questão entre os gays. E isso é uma chance histórica, uma oportunidade única.

Qual seria o impacto para o país de passar a tratar imediatamente a população de risco que testasse positivo? O país tem como arcar com isso?
Isso representaria, no Brasil, umas 100 mil pessoas a mais. Atualmente, cerca de 300 mil recebem o coquetel. O país tem como arcar com isso. Precisamos que o Brasil, mais uma vez, seja pioneiro e que seja o primeiro país do mundo a começar a tratar imediatamente todas as populações vulneráveis.

(Roberta Jansen/O Globo)

Mulheres são mais agressivas e competitivas do que os homens


JC e-mail 4844, de 29 de outubro de 2013
Mulheres são mais agressivas e competitivas do que os homens


Segundo estudo, elas recorrem a coalizões para enfrentar sutilmente os grupos rivais


Um estudo que será publicado em dezembro explica cientificamente como ocorrem a "competição e agressão" entre mulheres. Segundo o texto, elas têm maior propensão a serem malvadas entre si do que os homens.

De acordo com a pesquisa, "o número limitado de recursos e o cuidado dedicado aos filhos" podem ter influenciado o gênero feminino a recorrer a formas sutis de agressão.

O naturalista inglês Charles Darwing foi o primeiro a estabelecer teorias sobre a competição reprodutiva. A partir daí, os homens buscaram o desenvolvimento do corpo, o uso de armas e rituais de agressão.

Mas pouco trabalhos sobre este assunto foram dedicado às mulheres. A maioria dos estudos sobre o gênero foram dedicados a características reprodutivas mais diretas, como a seleção de parceiros.

- Apesar de explorarmos um assunto amplamente ignorado, temos evidências de como ocorreu a evolução da competição entre as mulheres - declaram Paula Stockley e Anne Campbell, as autoras da pesquisa. - As fêmeas competem por recursos necessários para sobrevivência e reprodução e, também, pelos machos de sua preferência. Embora esta agressão pode ocorrer de formas diversas, na maioria dos casos elas ocorrem sutilmente.

Segundo Paula e Anne, as mulheres descobriram que "coalizões ou alianças podem reduzir o risco de retaliação". É uma teoria que explica por que as mulheres formam grupos rivais - um tema explorado, por exemplo, no filme "Meninas malvadas", de 2004.

No entanto, Anne, psicóloga evolucionista da Universidade de Durham, acredita que a maldade também pode ser adotada por homens.

- Não há diferenças sobre como os dois gêneros usam a agressão indireta - assegura. - Quando chegam à idade adulta, particularmente no ambiente de trabalho, os homens adotam frequentemente esta fórmula.

O artigo estará na edição de dezembro da revista "Philosophical Transactions of the Royal Society".

(O Globo)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Neurocientista põe em xeque o inconsciente de Freud


JC e-mail 4843, de 28 de outubro de 2013
Neurocientista põe em xeque o inconsciente de Freud


Autor do best-seller "O andar do bêbado", Leonard Mlodinow questiona importância de psicoterapia


Professor do Instituto de Tecnologia da Califórnia e autor de "Uma outra história do tempo" (com Stephen Hawkins) e do best-seller "O andar do bêbado", Leonard Mlodinow fala sobre o novo inconsciente revelado pela neurociência e apresentado em seu último livro "Subliminar" (Ed. Zahar): sem memórias e impulsos reprimidos como o de Sigmund Freud.

Qual a diferença entre o antigo inconsciente, proposto por Sigmund Freud, e o novo inconsciente, da neurociência?
Freud estava certo, de uma maneira bem geral, quando afirmou que o inconsciente é muito importante e influencia tudo o que fazemos sem que nos demos conta. Mas outras coisas mais específicas propostas por ele não parecem ter nenhum suporte das evidências científicas que temos levantado nos últimos anos. A principal diferença, que os cientistas começaram a notar nos anos 90 e 2000, é que a mente inconsciente não é algo que se acessa com psicoterapia ou introspecção. Não é algo que está escondido de nós por razões emocionais.

O que é, então, a nova mente inconsciente?
É uma parte da mente que não é acessível por conta da própria arquitetura do cérebro e da forma pela qual o cérebro funciona. O cérebro evoluiu para operar de uma forma automática, muito rápida e sem esforço, ideal para nos ajudar a sobreviver na selva, a reagir com rapidez a possíveis ameaças. Se ficássemos pensando no que fazer ao avistar um animal selvagem, seríamos facilmente mortos. Por isso, há reações (como, no caso, fugir) que nos vêm automaticamente, sem que tenhamos que ficar ponderando (e perdendo tempo).

Como assim?
Olhamos para o mundo e nossa mente inconsciente nos responde imediatamente: posso confiar nessa pessoa? devo fugir desse animal? Normalmente nem percebemos, só agimos automaticamente. Isso é muito diferente do inconsciente de Freud, que esconderia memórias e impulsos indesejados. A neurociência mostra que não é por isso que o cérebro reprime determinadas coisas; não é assim que funciona. A memória retém aspectos-chave das coisas e quando precisa lembrar de algo, aciona a mente inconsciente para preencher as lacunas. Algumas vezes erroneamente, diga-se. São as memórias falsas, criadas a partir de expectativas do momento.

O que são as memórias falsas?
Acreditava-se que a memória era como um vídeo (um registro da realidade) que vai ficando com muita estática, falhando, conforme envelhecemos. Não é assim. Podemos ter memórias vívidas de coisas que nunca aconteceram. Ilusões óticas.

Por quê?
A mente inconsciente lida melhor com coisas complexas do que a mente consciente. Por isso é que é bom dormir sobre um problema, como se diz. Ou ir tomar banho, correr, fazer alguma outra coisa, antes de tomar uma decisão, por exemplo. Agora, temos que entender que o cérebro se desenvolveu para tomar outros tipos de decisão (como lutar ou correr, conseguir alimentos) e, hoje, enfrenta decisões sociais muito mais complexas. Por isso, ele pode ser objeto de ilusão. É importante estarmos cientes de que ele pode nos levar a erros. Quando julgamos uma pessoa pela aparência, por exemplo, é bom estarmos atentos.

O preconceito racial, por exemplo, pode ser fruto da nossa mente inconsciente?
Existem dois tipos de preconceito: o deliberado, que hoje é menos prevalente, e o inconsciente. Neste último tipo, a pessoa realmente acha que não é preconceituosa; há casos, inclusive, em que ela pode até ser militante daquela causa. Mas testes detectam que há preconceito. Estudos mostraram que mesmo negros acabam fazendo associações raciais negativas inconscientes. Somos bombardeados por imagens negativas e estereotipadas de mídias como TV, cinema e internet. E a nossa mente inconsciente tende a generalizar para simplificar.

Por que é tão importante para o ser humano fazer parte de um grupo, como o senhor mostra?
Não sei se posso responder por quê. Mas, na savana, vivíamos em bandos. E esses bandos eram competitivos entre si: há aqueles que estão do seu lado e os que estão contra você. Ou você come ou ele come. Então o espírito de equipe foi algo muito importante na evolução humana para garantir a nossa sobrevivência e a do nosso grupo. Mas o mais incrível é que os neurocientistas descobriram que mesmo quando somos agrupados de forma totalmente aleatória (por exemplo, o grupo que escolheu números pares e o grupo que escolheu números ímpares) tendemos a discriminar quem está no outro grupo sem nenhuma base razoável para tal. Bom, os fanáticos por futebol sabem disso muito bem.

O senhor afirma no livro que o ser humano costuma se ver de forma mais positiva do que ele é na realidade. Por que isso é importante?
Porque a vida é muito dura e, mesmo assim, seguimos em frente. Temos que acreditar nos nossos talentos, nas nossas capacidades para ultrapassar todos os obstáculos que irão surgir inevitavelmente. A visão otimista de si mesmo ajuda nisso. Na verdade, a neurociência vem mostrando que aqueles que têm uma visão mais realistas de si mesmo são deprimidos.

Resumindo, a psicoterapia não serve para nada?
Não acredito que tenha muito uso. Não é que eu seja contra psicólogos. Acho que as pessoas devem ir a esses profissionais quando têm um problema, precisam de uma opinião, um conselho. Acho útil. Mas essa psicoterapia clássica, freudiana, que demanda um processo muito longo de autoconhecimento, acho que não tem função. Como a neurociência tem demonstrado, ninguém vai conseguir acessar o seu inconsciente olhando para si mesmo, pensando e falando. Não é assim que a mente opera.

(Roberta Jansen/O Globo)

‘Biografia jornalística não é showbiz’ - Mário Magalhães

Via Observatório da Imprensa
Por Moriti Neto em 29/10/2013 na edição 770
Reproduzido do Nota de Rodapé, 24/10/2013


ENTREVISTA / MÁRIO MAGALHÃES


Enquanto está matéria era escrita, na tarde deste dia 23 de outubro, a Câmara dos Deputados debatia a urgência do projeto de lei que libera biografias não autorizadas no Brasil. E, mais uma vez, o plenário adiou a votação da proposta do deputado Newton Lima (PT-SP), que prevê a publicação das obras, independentemente da autorização da pessoa biografada ou de familiares, e está entre os pontos do projeto de lei de reforma do Código Civil. Pelas regras atuais, o código autoriza a publicação de material biográfico, mas somente se houver permissão prévia. 
O objetivo das discussões dos parlamentares era garantir que seja reconhecido o caráter urgente do projeto e que a votação ocorresse nos próximos dias, já que, na semana que vem, os deputados voltarão atenções totais ao Marco Civil da Internet. 
A importância da pauta no Congresso aumentou desde que a autorização para a publicação de biografias se tornou debate público neste mês. Essencialmente, as discussões ganharam corpo quando o grupo Procure Saber, encabeçado ou apoiado por artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso e Roberto Carlos, colocou questões como direito à privacidade e divisão de lucros entre biografados e biógrafos no centro da polêmica. 
De outro lado, jornalistas, escritores e artistas, caso de Alceu Valença, se posicionaram pela garantia do acesso à informação e estranharam os argumentos de personalidades públicas – defensoras históricas da liberdade de expressão – alinhadas na trincheira da censura prévia. 
Em entrevista exclusiva a este NR, o vencedor do Prêmio Jabuti deste ano na categoria biografia, Mário Magalhães, com o livro Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo, sobre o guerrilheiro Carlos Marighella, se manifesta a respeito da polêmica. Na conversa, ele avalia várias questões, como a postura obscurantista do Procure Saber, a relação público/privado que envolve personagens históricos, o que o jornalismo pode tirar da discussão e afirma que biografia jornalística não é entretenimento. 
Na questão das biografias, a ação de restringir a produção tem a ver com controle econômico e político? A preocupação com ataques à honra seria só um disfarce?
Mário Magalhães– Eu seria muito presunçoso se afirmasse “o que está por trás...” O certo é que o grupo Procure Saber defende a manutenção de uma legislação obscurantista e antidemocrática, que impede relatos jornalísticos e historiográficos sem autorização dos retratados ou herdeiros. 
Sobre os ganhos pretendidos pelos familiares dos biografados, a discussão a respeito dos valores financeiros é forte. Por quê?
M.M.– Biografia jornalística é reportagem. A reportagem é um gênero do jornalismo. O pagamento a biografados subverte o conceito de biografia independente e não autorizada. Como pagar a um torturador uma parcela da receita obtida com um livro contando crimes? O padrão das biografias, como no meu caso, é distinto: perde-se muito mais dinheiro do que se ganha. Se os biografados receberem por livros independentes sobre eles, o senador José Sarney também receberá pelos perfis que a imprensa lhe dedica? Biografia jornalística não é entretenimento, showbiz.
Em contextos de regimes democráticos consolidados, se espera que a lei garanta que autores possam biografar sem autorização prévia e que respondam civil e criminalmente em caso de violações. A tentativa de restrição tem a ver com a construção complicada da democracia brasileira e a sombra de autoritarismo?
M.M.– Embora o Código Civil seja de 2002, parece evidente que ele incorpora vestígios do autoritarismo da ditadura encerrada em 1985. É inacreditável que muitas biografias e perfis publicados durante a ditadura (1964-85) hoje poderiam ser barrados, com base em uma lei do tempo democrático. 
Quando uma pessoa tem vida pública intensa e é reconhecida por ela, é natural que a privacidade tenha limites diferentes de quem vive no anonimato, principalmente se ela, a personalidade pública, interfere fortemente na história da sociedade a qual pertence. Por que isso ainda não está consagrado entre a classe artística no Brasil? Ela não deveria se preocupar somente com a publicação de fatos mentirosos? 
M.M.– É uma boa pergunta, a ser feita a quem defende exclusividade de biografias chapas-brancas. De fato, eu não tenho direito de escrever sobre eventuais amantes de uma vizinha, mas seria intelectualmente desonesto se omitisse o vínculo entre D. Pedro I e a Marquesa de Santos. Ainda mais porque ela influenciou o primeiro reinado. A relação privada teve consequências públicas, atingiu a vida dos cidadãos. 
Como explicar nomes históricos que lutaram em defesa da liberdade de expressão no País à frente de uma investida que quer liberdade apenas a elogios? 
M.M.– A defesa da censura prévia, assumida por certos artistas, é legítima, embora eu não concorde com eles, mas a adesão de certos gigantes da nossa cultura à tese autoritária é mesmo surpreendente.
Você vê essa situação como algo isolado ou certa tendência ao controle da informação na atualidade? 
M.M.– No caso específico, é uma iniciativa muito isolada, como se viu pela reação de outros artistas e de intelectuais dos mais diversos matizes ideológicos. Do ponto de vista histórico, os poderosos nunca gostaram de liberdade de expressão e de livre circulação de ideias. O poder não é só econômico e político, mas também cultural, esportivo... 
Até para o trabalho acadêmico restrições ao direito de abordar a vida de personagens históricos é perigoso?
M.M.– Restrições devem existir e já estão contempladas na lei, mas a legislação em vigor também atinge a produção acadêmica. Invasão criminosa de privacidade é isso mesmo: crime. Porém, o que isso tem a ver com censura prévia? 
Por outro lado, o jornalismo que calunia, difama, injuria, com interesses, por exemplo, políticos, contribui para a existência de uma proposta rasa como essa, que coloca as pretensões financeiras e a vaidade individual acima da história de um País. Como lutar contra isso?
M.M.– Há muitas maneiras, tanto rejeitando audiência a esse tipo de jornalismo, quanto exigindo punição judicial mais célere a jornalistas que cometem crimes. 
Sobre a profissão de jornalista, o que se pode esperar de evolução com esse debate? O que a categoria e as empresas jornalísticas podem fazer para contribuir, além da produção, para a relação com a história e os biografados? 
M.M.– Há dois movimentos em curso. Por um lado, cada vez mais jornalistas sonham em se dedicar a relatos de fôlego, como opção à frustração com o cotidiano do trabalho. Por outro, muitos desistem de escrever biografias, devido à censura prévia permitida pelo marco legal.
***
Moriti Neto, jornalista, repórter e editor-assistente do NR

MP investiga estupro dentro da UTI de um hospital no Rio

Via Veja
Por Pâmela Oliveira
28.10.2013


Jovem de 21 anos teria sido violentada por técnico de enfermagem enquanto se recuperava de uma cesariana no Pedro II. Caso foi encaminhado à Polícia Civil


O Ministério Público Estadual (MP-RJ) e a Polícia Civil do Rio de Janeiro investigam uma suspeita de estupro no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. Uma jovem de 21 anos teria sido violentada por um técnico de enfermagem dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela se recuperava de uma série de cirurgias a que foi submetida após complicações em uma cesariana, que obrigaram a retirada de seu útero, das trompas e dos ovários.
O caso só chegou ao conhecimento do MP durante vistoria realizada em maio passado, que deu origem a um relatório obtido com exclusividade pelo site de VEJA. O Grupo de Atuação Integrada da Saúde, composto por médicos e promotores, estranhou ao encontrar a vítima internada na chamada Sala Vermelha - local da emergência, onde devem ser feitos apenas os primeiros atendimentos de pacientes graves. A jovem apresentava quadro de miocardite (inflamação no músculo cardíaco) e deveria estar na UTI.
Veja a matéria completa.

'Mendigo deveria virar ração para peixe', diz vereador de Piraí, RJ

Via blog do Noblat
29.10.2013

G1
Uma declaração do vereador José Paulo Carvalho de Oliveira, o Russo (PT do B), gerou polêmica em Piraí, no Sul do Rio de Janeiro. Durante sessão ordinária da Câmara Municipal, ele declarou que é contra o voto de moradores de rua. "Mendigo não tem que votar. Mendigo não faz nada na vida. Ele não tem que tomar atitude nenhuma. Aliás, eu acho deveria até virar ração para peixe", disse.
O comentário foi feito no dia 8 de outubro, em uma discussão sobre os 25 anos da Constituição Federal. O vídeo foi publicado no perfil de uma rede social, administrado pela Câmara Municipal de Piraí.


Menos de 10% dos médicos inscritos passaram na 1ª etapa do Revalida

Via blog do Noblat
29.10.2013

André de Souza, O Globo
Dos 1.595 médicos formados no exterior que participaram da primeira fase do exame de revalidação do diploma, o Revalida, 155 foram aprovados. Isso representa 9,72% do total. Eles já podem verificar o resultado da prova na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na internet.
A primeira fase, realizada em agosto, teve provas objetiva e discursiva. A segunda fase medirá habilidades clínicas e será realizada em 30 de novembro e 1º de dezembro em Brasília. Os profissionais passarão por simulações de atendimento médico. Para participar da próxima etapa, os aprovados deverão pagar a taxa de inscrição de R$ 300 até a próxima segunda-feira.


Acidente de Fukushima causa uma morte por dia, segundo pesquisador japonês

Via Agência Brasil
Com informações da Agência Lusa
Edição: Talita Cavalcante
28.10.2013

Brasília - Uma pessoa morre por dia em decorrência do acidente nuclear na central de Fukushima, no Japão, especialmente devido aos efeitos psicológicos e físicos, informou hoje (28) o ex-presidente do Comitê de Investigação do Acidente na Usina de Fukushima Yotaro Hatamura. Segundo ele, 180 pessoas morreram nos últimos seis meses devido ao acidente de março de 2011.
Para o ex-presidente do comitê japonês, também pesquisador e professor universitário, a crise nuclear no país tem causado estresse, ansiedade e perturbações psicológicas, que, em muitos casos, são piores do que um dano físico. Outro impacto que, de acordo com ele, afeta muito a população, é a retirada das famílias de suas casas, o que gera mudanças repentinas. Estima-se que mais de 150 mil pessoas tenham sido removidas.
"Não se sabe quando parará de morrer gente, tampouco todos os efeitos que o acidente terá na saúde das pessoas" disse Hatamura. Ele acredita que as autoridades japonesas têm se concentrado mais em trabalhar dentro da central do que para resolver as consequências que o acidente teve fora da área diretamente atingida.
O relatório do Comitê de Investigação foi presidido por Hatamura e determinou que a central nuclear não tinha planos de emergência e não estava preparada para reagir a um acidente da magnitude do que ocorreu. De acordo com o ex-presidente do comitê, a má gestão do acidente é uma das causas da contaminação continuada. Recentemente, a passagem de um tufão pela região, no Nordeste do país, causou vazamentos nos tanques de contenção de água contaminada. Houve suspeita de que o solo teria sido contaminado.
Em março de 2011, um terremoto seguido de tsunami atingiu o Japão, causando explosões e vazamentos na região da usina. Áreas inteiras precisaram ser esvaziadas, produtos da região foram proibidos para comercialização e o governo manteve o alerta. Na época do tsunami e do terremoto, o sistema de resfriamento dos reatores foi paralisado, fazendo com que três deles derretessem. Atualmente, o maior desafio da empresa Tokyo Electric Power (Tepco) é armazenar a grande quantidade de água usada para resfriar os reatores, que com certa frequência vaza e deságua no Oceano Pacífico.

Encuentran en el cerebro un “mini-ordenador” neuronal hasta ahora oculto

Via Tendencia 21
Por University of North Carolina/T21
28.10.2013


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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Roberto Carlos é uma brasa, mora? Por Ruth de Aquino

Via Época
Por Ruth de Aquino
28.10.2013

Em entrevista ao Fantástico ontem à noite, o rei Roberto Carlos deu uma de Chacrinha. Eu vim para confundir, não para me explicar. Sobre as biografias não-autorizadas, o rei agora não é contra nem a favor, muito pelo contrário.
Ele que, por meio de uma ação judicial, forçou o recolhimento de milhares de exemplares da biografia ‘Roberto Carlos em detalhes’ em abril de 2007, disse na TV que é “a favor do projeto de lei que aceita biografias não-autorizadas”. 
A entrevistadora, Renata Vasconcellos, ainda tentou esclarecer: “Você mudou de opinião?” “Não é que eu mudei”, disse Roberto Carlos. (!?)
Não entendi nada. Nem ninguém entendeu. Achei patéticas as considerações do rei. Se a entrevista alcançou um objetivo, foi o de exibir a confusão mental de Roberto Carlos e o ciúme que ele cultiva de sua própria imagem. Em nenhum momento da entrevista Roberto Carlos deu um argumento plausível para ter interditado e censurado (com o aval da Justiça) a sua biografia, escrita pelo jornalista e historiador Paulo César de Araújo. Veja a matéria completa.

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Roda Viva discute biografias não autorizadas com Paulo Cesar de Araújo. Hoje! Dia 28! Às 22 horas! Ao vivo! Na TV Cultura!

Está de partida para Paris? Veja, então, a matéria da
Globo News:



Batedora de carteira em Paris diz que é fácil roubar brasileiros



Aqui!



Un megaestudio genético duplica el número de dianas para atacar el alzhéimer

Via SINC
Por Núria Jar
27.10.2013


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Déficit de conhecimento ameaça exercício do jornalismo

Via Observatório da Imprensa
Por Carlos Castilho
23.10.2013

A maioria dos jornalistas contemporâneos apresenta um déficit pessoal de conhecimentos capazes de assegurar condições mínimas para informar sobre a complexidade e diversidade dos fatos, dados e eventos deste início da era digital.
Esta é a conclusão, preocupante, do livro Informing the News: The Need for Knowledge-Based Journalism, do professor Thomas Patterson, da Escola Kennedy de Governança, na Universidade Harvard, e que foi lançado em meados de outubro nos Estados Unidos (versão eletrônica disponível na livraria virtual Amazon). 
A ideia central de Patterson é a de que a observação, entrevistas e checagem já não conseguem mais dar conta da necessidade de lidar com fatos, dados e eventos cada vez mais complexos, para os quais a exigência de contextualização se tornou mais importante do que a descrição factual ou reprodução de opiniões e percepções de entrevistados.
O livro discute as abordagens tradicionais tanto da natureza como do exercício do jornalismo e mostra como os manuais de redação e estudos teóricos sobre a atividade estão defasados em relação à realidade surgida após a avalancha informativa e a generalização do uso das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs).
A maioria dos repórteres atuais já se deu conta que cobrir notícias econômicas, políticas e relacionadas à ciência ou tecnologia exige um conhecimento maior sobre os temas em pauta porque não só as questões se tornaram mais complexas, como também aumentou a sofisticação dos entrevistados no uso de técnicas de construção de imagem e marketing de ideias.
As ferramentas tradicionais de observação, entrevista e checagem já não conseguem mais uma rápida e eficiente identificação de vieses informativos nas declarações de um político ou de um consultor financeiro. Transmitir a informação bruta equivale muitas vezes a disseminar uma mentira deslavada, com o consequente descrédito do profissional e do veículo após a identificação do equívoco.
Veja a matéria completa.

Amazônia tem 16 mil espécies de árvores, mas cerca de 200 predominam

Via O ECO
Por Hugo Mogollón*
25.10.13

Especialistas de 120 organizações ao redor do mundo, vários deles equatorianos, fornecem novas respostas para duas das questões discutidas longamente sobre a biodiversidade amazônica: quantas árvores existem em toda a Amazônia e quantas espécies coexistem nesta região. O estudo foi publicado no último dia 17 de outubro, na revista Science.


Roda Viva discute biografias não autorizadas com Paulo Cesar de Araújo

Via TV Brasil

Jornalista estará no programa nesta segunda-feira

Roda Viva recebe nesta segunda-feira (28/10) o jornalista e escritor Paulo Cesar de Araújo, para falar a respeito da polêmica envolvendo a publicação de biografias não autorizadas, que colocou em lados opostos artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, e editoras. Ele também comenta o livro Roberto Carlos em Detalhes, além de outras questões ligadas a música e cultura. O programa, apresentado por Augusto Nunes, vai ao ar a partir das 22h, ao vivo, na TV Cultura e na TV Brasil.
Paulo Cesar de Araújo, que nasceu em Vitória da Conquista (BA), em 14 de março de 1962, é jornalista formado pela PUC-RJ, historiador formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre em Memória Social pela Uni-Rio.
Araújo ficou nacionalmente conhecido ao escrever Roberto Carlos em Detalhes, uma biografia não autorizada do cantor. Lançado em 2006, o livro foi resultado de uma pesquisa ao longo de mais de 15 anos, que reuniu depoimentos de cerca de 200 pessoas que participaram da trajetória de Roberto Carlos. A obra foi vetada pelo cantor capixaba em 2007, por meio de ações na Justiça. 
Continua.

domingo, 27 de outubro de 2013

O poder dos palácios e a força das praças,
com Roberto Romano

Café Filosófico
Gravado em 18 de outubro de 2013





Veja a palestra aqui!


Sobre Roberto Romano



MPF/MG apura consequências da exposição ao benzeno de trabalhadores da Usiminas

Fonte: Ministério Público Federal em Minas Gerais
Via EcoDebate
25.10.2013


Situação é tão grave que levou o MTE a decretar a interdição de alguns setores da empresa. Medida, no entanto, foi suspensa por liminar da Justiça do Trabalho


O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) apura as consequências do uso irregular de amianto pela empresa Usiminas, assim como os efeitos da exposição de seus trabalhadores ao benzeno, que é uma substância altamente cancerígena, capaz de provocar redução da medula óssea, com inibição da produção de plaquetas, leucócitos e hemácias.
As irregularidades foram apuradas por auditores fiscais do trabalho, em inspeção realizada nos dias 23 a 27 de setembro nas instalações da Usiminas em Ipatinga. A fiscalização, requisitada pelo Ministério Público Federal, constatou a “existência de risco grave e iminente, capaz de provocar o adoecimento ocupacional dos trabalhadores, decorrente da exposição ao benzeno, substância carcinogênica, acima dos limites permitidos pela legislação”.
Diante da gravidade da situação, o Ministério do Trabalho e Emprego, por sua superintendência em Minas Gerais, viu-se obrigada a decretar a interdição de diversos setores da empresa.
Essa medida, no entanto, horas antes de entrar em vigor, foi suspensa por liminar da Justiça do Trabalho, sob o fundamento de que a paralisação da empresa acarretaria “prejuízos econômicos e sociais”.
Para o procurador da República Fernando Túlio da Silva, “mais graves são os riscos a que estão eventualmente expostos os trabalhadores da empresa, sem contar os possíveis prejuízos aos cofres públicos decorrentes da conduta da empresa no que diz respeito ao não reconhecimento dos riscos ocupacionais”.
Em dezembro do ano passado, o Ministério Público Federal em Ipatinga realizou audiência pública para apurar possível omissão estatal na fiscalização dos Perfis Profissiográficos Previdenciários (PPPs). Os PPPs relacionam-se à classificação do grau de risco que apresentam determinadas atividades, por exemplo, as que usam amianto, possibilitando ao trabalhador requerer aposentadoria antecipada justamente em razão de ficar exposto, por vários anos, a substâncias nocivas.
“A questão é que a concessão da aposentadoria precoce exige tanto comprovação do manuseio das substâncias quanto o recolhimento, pelo empregador, dos valores correspondentes a essa situação peculiar. Quando a empresa não declara o uso de tais substâncias, nem recolhe os valores devidos, ou o trabalhador que operou substâncias perigosas não consegue se aposentar administrativamente, porque não há provas dessa situação, ou ele entra na Justiça e consegue aposentadoria especial. Nesse caso, toda a sociedade é obrigada a arcar com os custos da aposentadoria precoce e com os consequentes prejuízos aos cofres da Previdência, já que a empresa não recolheu os valores que lhe competia”, explica o procurador da República.
Foi exatamente a enxurrada de ações solicitando aposentadorias especiais que chamou a atenção do Ministério Público Federal. A primeira medida foi requisitar à Receita Federal e ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que ampliassem as fiscalizações sobre as grandes empresas instaladas na região do Vale do Aço. Os relatórios encaminhados no início deste mês fazem parte desse esforço iniciado com a audiência pública.
Benzeno 46 vezes acima do permitido – Segundo o relatório da inspeção feita na Usiminas, a primeira irregularidade constatada foi justamente o fato de a empresa não ter se cadastrado como utilizadora de amianto. Em decorrência disso, ela também deixou de cumprir a obrigação legal de “realizar o controle médico dos trabalhadores expostos ao asbesto durante 30 anos após o término do contrato de trabalho”.
No que diz respeito à exposição ambiental ao benzeno, foram encontradas situações em que trabalhadores estão expostos a valores muito acima do recomendado. Em um dos setores, os operários estavam expostos a 116,70 ppm (partes por milhão), quando o valor aceitável seria de apenas 2,5 ppm, ou seja, 46 vezes acima do recomendado.
Além disso, os auditores também constataram que os equipamentos de segurança de uso individual utilizados pela Usiminas não são apropriados para exposições que excedam em 10 vezes o limite de exposição permissível. Em alguns setores, também falta “sistema de monitoramento em tempo real que assegure a adoção de medidas corretivas no ambiente de trabalho quando ultrapassado o limite de exposição ocupacional permitido”.
O MPF/MG explica que essas irregularidades serão objeto de apuração e acompanhamento também por parte de procuradores do Ministério do Trabalho, já que os dois órgãos estão atuando em conjunto para tomar todas as medidas cabíveis, inclusive na apuração dos danos à saúde da população, bem como dos prejuízos causados à Previdência e ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Ausência de registros médicos – Os auditores registraram, em seu relatório, que alguns fatos chamaram a atenção durante a inspeção. No ano de 2012, a cada mês, uma média de 105 trabalhadores estiveram afastados pelo INSS, por mais de 15 dias, com traumas e doenças diversas, recebendo benefícios previdenciários. Alguns deles, na verdade, ainda se encontravam licenciados nos dias da inspeção (final de setembro), portanto, há mais de um ano. Entre os afastados, havia três casos de tumores e grande número de ocorrências por distúrbios no campo da saúde mental.
“Considerando que tanto os casos de tumores quanto os distúrbios da saúde mental podem ter algum tipo de ligação com a exposição ao benzeno, o serviço médico da empresa deveria produzir estudos epidemiológicos que esclarecessem tal relação. Entretanto, o serviço médico da empresa não realiza nenhum estudo que confirme ou afaste tal relação dessas patologias com a exposição ao benzeno”, afirmam os auditores.
No caso dos afastamentos inferiores a 15 dias, a fiscalização fez as contas das horas perdidas de trabalho nos últimos 12 meses: total de 266.668 horas de trabalho ou 111 mil horas no ano, indicando “adoecimentos importantes nos últimos meses”.
No entanto, o relatório médico da empresa apontou apenas 20 pequenas alterações em mais de 50 mil exames, o que, para os auditores, indica “a dissociação entre a realidade dos fatos médicos e sua apresentação oficial no relatório anual”.
Para ilustrar, eles relataram que, na década de 1990 e na primeira metade dos anos 2000, a documentação da Usiminas mostrou cerca de 5 a 10 mil empregados que sofreram leucopenia, neutropenia e baixa de plaquetas, uma “situação esperada quando há exposição a esse agente tóxico, mielotóxico e carcinogênico [benzeno]”. No entanto, embora a exposição contínua ao benzeno permaneça até os dias atuais, as alterações hematológicas desapareceram por completo dos relatórios médicos da empresa.
“Todavia, posteriormente, ao analisarmos o documento Série Hematológica dos Empregados de Gerência de Carboquímicos Expostos ao Benzeno, de 23/07/2013, detectamos vários casos de diminuição de leucócitos em empregados da empresa”, apontam os auditores.
A explicação oficial da Usiminas foi a de que os empregados que fazem manutenção no setor carboquímico e coqueria são trabalhadores terceirizados, cujo controle médico não é feito por seu serviço médico.
De acordo com o procurador da República Fernando Túlio da Silva, “essas informações indicam inconformidades nos relatórios médicos, e, consequentemente, no recolhimento da contribuição relativa à aposentadoria precoce, podendo configurar, em tese, possível sonegação previdenciária. Além disso, a situação tem o condão de poder gerar prejuízo ao próprio Sistema Único de Saúde, que pode estar custeando tratamentos que deveriam ser pagos pela empresa”.