terça-feira, 8 de outubro de 2013
UFRJ condena violência contra professores
JC e-mail 4828, de 07 de outubro de 2013
UFRJ condena violência contra professores
Manifesto contra ações violentas também conta com o apoio dos reitores da UFF, UNIRIO, UFRRJ e CEFET/RJ
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) tem manifestado, nos últimos dias, repúdio às ações violentas contra professores do município em greve, no Rio. O documento mais recente sobre o caso foi assinado na quarta-feira, 2 de outubro, pelo reitor Carlos Levi e pelos reitores Ana Maria Dantas Soares, da UFRRJ, Luis Pedro San Gil Jutuca, da UNIRIO, Roberto de Souza Salles, da UFF, e Carlos Henrique Figueiredo Alves, diretor do CEFET/RJ.
"Encarecemos aos poderes constituídos do Estado do Rio de Janeiro, sobretudo a Câmara de Vereadores, que representa os munícipes do Rio de Janeiro, que se sensibilizem com as demandas apresentadas pelos professores e abram canais efetivos de negociação", diz um trecho da nota oficial.
Ainda na quarta-feira, Carlos Levi enviou ofício ao governador do Rio, Sérgio Cabral, comunicando "excessos cometidos por parte da Polícia Militar", durante manifestações no dia anterior, na Cinelândia. No documento, o reitor informa que gás lacrimogêneo e spray de pimenta chegaram à Escola de Música da UFRJ, na Lapa, interrompendo atividades acadêmicas e artísticas, incluindo um concerto assistido por cerca de trezentas pessoas.
Professores da Faculdade de Educação da UFRJ e as direções do Instituto de História e Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) também emitiram notas, criticando as ações policiais e a condução das discussões em torno do plano de carreira dos professores.
Abaixo, a nota assinada pelos reitores de universidades do Rio. A íntegra de todas as notas está disponível no site da UFRJ: www.ufrj.br
Nota aos poderes constituídos e à comunidade do Município e do Estado do Rio de Janeiro
Os reitores das Universidades Federais do Rio de Janeiro vêm a público expressar a sua preocupação e indignação com os atos violentos praticados contra professores da rede municipal do Rio de Janeiro, categoria que se encontra em greve há mais de 50 dias, reivindicando direitos, salários e condições de trabalho dignas, se orientando na perspectiva da educação pública de qualidade. O direito à reivindicação deve ser garantido, e o diálogo é sempre a forma mais efetiva e qualificada para conduzir a bom termo processos de negociação. Como representantes de instituições formadoras de um número expressivo de professores que atuam na rede pública somos instados a nos posicionar, repudiando atos que colocam em risco a integridade física e emocional de profissionais que são responsáveis pela formação de crianças e jovens que representam o futuro de nosso estado e do país.
Encarecemos aos poderes constituídos do Estado do Rio de Janeiro, sobretudo a Câmara de Vereadores, que representa os munícipes do Rio de Janeiro, que se sensibilizem com as demandas apresentadas pelos professores e abram canais efetivos de negociação de forma a que um legítimo plano de carreira represente os anseios do conjunto dos trabalhadores da educação e permitam o retorno à normalidade das atividades, garantindo que o processo educativo, tão necessário e primordial, se efetive e possamos oferecer à sociedade o ensino de qualidade pelo qual tanto lutamos e almejamos.
Rio de Janeiro, 2 de outubro de 2013
Ana Maria Dantas Soares - Reitora da UFRRJ
Carlos Henrique Figueiredo Alves - Diretor Geral do CEFET/ RJ
Carlos Antônio Levi da Conceição - Reitor da UFRJ
Luis Pedro San Gil Jutuca - Reitor da UNIRIO
Roberto de Souza Salles - Reitor da UFF