quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Mulheres são mais agressivas e competitivas do que os homens


JC e-mail 4844, de 29 de outubro de 2013
Mulheres são mais agressivas e competitivas do que os homens


Segundo estudo, elas recorrem a coalizões para enfrentar sutilmente os grupos rivais


Um estudo que será publicado em dezembro explica cientificamente como ocorrem a "competição e agressão" entre mulheres. Segundo o texto, elas têm maior propensão a serem malvadas entre si do que os homens.

De acordo com a pesquisa, "o número limitado de recursos e o cuidado dedicado aos filhos" podem ter influenciado o gênero feminino a recorrer a formas sutis de agressão.

O naturalista inglês Charles Darwing foi o primeiro a estabelecer teorias sobre a competição reprodutiva. A partir daí, os homens buscaram o desenvolvimento do corpo, o uso de armas e rituais de agressão.

Mas pouco trabalhos sobre este assunto foram dedicado às mulheres. A maioria dos estudos sobre o gênero foram dedicados a características reprodutivas mais diretas, como a seleção de parceiros.

- Apesar de explorarmos um assunto amplamente ignorado, temos evidências de como ocorreu a evolução da competição entre as mulheres - declaram Paula Stockley e Anne Campbell, as autoras da pesquisa. - As fêmeas competem por recursos necessários para sobrevivência e reprodução e, também, pelos machos de sua preferência. Embora esta agressão pode ocorrer de formas diversas, na maioria dos casos elas ocorrem sutilmente.

Segundo Paula e Anne, as mulheres descobriram que "coalizões ou alianças podem reduzir o risco de retaliação". É uma teoria que explica por que as mulheres formam grupos rivais - um tema explorado, por exemplo, no filme "Meninas malvadas", de 2004.

No entanto, Anne, psicóloga evolucionista da Universidade de Durham, acredita que a maldade também pode ser adotada por homens.

- Não há diferenças sobre como os dois gêneros usam a agressão indireta - assegura. - Quando chegam à idade adulta, particularmente no ambiente de trabalho, os homens adotam frequentemente esta fórmula.

O artigo estará na edição de dezembro da revista "Philosophical Transactions of the Royal Society".

(O Globo)