Dez anos para salvar a natureza
Ritmo de extinção é mil vezes maior que natural. Prejuízo é de US$ 5 trilhões anuais
Espécies são extintas num ritmo mil vezes maior do que o natural, minando a estabilidade de ecossistemas ao redor do planeta, causando prejuízos avaliados em até US$ 5 trilhões anuais e ameaçando nossa própria existência. O alerta dramático foi ouvido na segunda-feira (18/10) por representantes de 193 países na abertura da 10ª Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10), um dos encontros ambientais mais importantes do ano, em Nagoia, no Japão.
Até o próximo dia 29, eles tentarão chegar a um acordo sobre um plano estratégico para interromper, num período de dez anos, a destruição das bases da natureza que sustentam a vida do homem. Para isso terão que superar uma série de divergências entre os países em desenvolvimento e as nações mais ricas do mundo.
O problema é que não há mais tempo para um novo fracasso, como o que ocorreu no ano passado, na conferência da ONU sobre mudanças climáticas.
- Estamos atingindo o ponto limite, depois do qual não teremos mais como reverter a perda da biodiversidade - discursou o ministro do Meio Ambiente do Japão, Ryu Matsumoto, que preside a conferência e tem o desafio de mostrar que seu país, muito criticado pelos ambientalistas, pode liderar a discussão.
- Se não dermos passos decisivos agora, cruzaremos este ponto em dez anos. Vamos adotar ações combinadas, como uma comunidade internacional, acertando metas ambiciosas e realistas - pediu.
Quinze mil pessoas participam do encontro em Nagoia, fazendo da COP-10 a convenção de biodiversidade mais disputada dos últimos anos, com a presença de governos, empresas e sociedade civil. Mesmo assim, é evidente que o tema não desperta a mesma atenção que o aquecimento global, assunto que domina a agenda ambiental internacional, embora um esteja ligado ao outro - as duas convenções nasceram juntas, na Rio 92. Continua
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