terça-feira, 19 de outubro de 2010
O discurso verde passou em branco
JC e-mail 4118, de 18 de Outubro de 2010.
O discurso verde passou em branco
Questões ambientais ficaram longe da propaganda de Dilma e Serra no 1º turno
Na tentativa de cortejar quase 20 milhões de eleitores da candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) decidiram abraçar a causa verde no segundo turno. Mas a preocupação com o meio ambiente passou ao largo da propaganda eleitoral da petista e do tucano no primeiro turno.
Dilma usou cerca de cinco minutos, dos 400 a que teve direito em seus programas de TV, para abordar o tema, o que corresponde a 1,25% do tempo. Serra gastou 2 minutos num total de 280 minutos, ou 0,71%.
O levantamento feito pelo Globo levou em conta qualquer menção a obras, projetos ou compromissos ligados ao meio ambiente nos 40 programas de TV de Dilma e Serra no primeiro turno (de 17 de agosto a 30 de setembro).
Nesse pálido discurso verde, o saneamento foi, de longe, o tema mais explorado. O assunto foi mencionado em 17 programas de Serra e em dez de Dilma.
Por outro lado, problemas como as queimadas na Amazônia ou as mudanças no Código Florestal, que geraram calorosos debates, ficaram fora da propaganda da petista e do tucano.
Depois de 3 de outubro, o discurso dos dois candidatos mudou. No último dia 5, Serra disse, em São Paulo, que é um ambientalista convicto. Quatro dias depois, em entrevista a uma rádio de Chapecó, em Santa Catarina, voltou a desfraldar a bandeira verde:
- Sou ambientalista, defendo muito o patrimônio florestal.
Serra defendeu a flexibilização no projeto do Código Florestal, de modo a respeitar as características de cada região. E disse que a discussão não deveria ocorrer em ano eleitoral:
- Nós vamos pegar isso ano que vem e discutir com todo mundo. E ter em mente a necessidade de preservar e ter incentivos econômicos para o desenvolvimento do país. Acho perfeitamente possível compatibilizar.
Dilma também afinou o discurso. Na quinta-feira (14/10), tentou apagar o incêndio causado pelo fato de o governo ter realizado um seminário para discutir mudanças no Plano Amazônia Sustentável (PAS), herança da ex-ministra Marina Silva: Continua
Leia também:
- Banco de Notícias
- Blog do Josias de Souza
- Más de 17 millones de armas irrumpen en el debate electoral brasileño
O discurso verde passou em branco
Questões ambientais ficaram longe da propaganda de Dilma e Serra no 1º turno
Na tentativa de cortejar quase 20 milhões de eleitores da candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) decidiram abraçar a causa verde no segundo turno. Mas a preocupação com o meio ambiente passou ao largo da propaganda eleitoral da petista e do tucano no primeiro turno.
Dilma usou cerca de cinco minutos, dos 400 a que teve direito em seus programas de TV, para abordar o tema, o que corresponde a 1,25% do tempo. Serra gastou 2 minutos num total de 280 minutos, ou 0,71%.
O levantamento feito pelo Globo levou em conta qualquer menção a obras, projetos ou compromissos ligados ao meio ambiente nos 40 programas de TV de Dilma e Serra no primeiro turno (de 17 de agosto a 30 de setembro).
Nesse pálido discurso verde, o saneamento foi, de longe, o tema mais explorado. O assunto foi mencionado em 17 programas de Serra e em dez de Dilma.
Por outro lado, problemas como as queimadas na Amazônia ou as mudanças no Código Florestal, que geraram calorosos debates, ficaram fora da propaganda da petista e do tucano.
Depois de 3 de outubro, o discurso dos dois candidatos mudou. No último dia 5, Serra disse, em São Paulo, que é um ambientalista convicto. Quatro dias depois, em entrevista a uma rádio de Chapecó, em Santa Catarina, voltou a desfraldar a bandeira verde:
- Sou ambientalista, defendo muito o patrimônio florestal.
Serra defendeu a flexibilização no projeto do Código Florestal, de modo a respeitar as características de cada região. E disse que a discussão não deveria ocorrer em ano eleitoral:
- Nós vamos pegar isso ano que vem e discutir com todo mundo. E ter em mente a necessidade de preservar e ter incentivos econômicos para o desenvolvimento do país. Acho perfeitamente possível compatibilizar.
Dilma também afinou o discurso. Na quinta-feira (14/10), tentou apagar o incêndio causado pelo fato de o governo ter realizado um seminário para discutir mudanças no Plano Amazônia Sustentável (PAS), herança da ex-ministra Marina Silva: Continua
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