18.10.2010
Durante três dias, as queimadas consumiram 130.515 hectares da reserva, segundo levantamento feito por pesquisadores e especialistas em foto-interpretação de florestas e cerrados do Projeto Panamazônia II desenvolvido na Divisão de Sensoriamento Remoto.
A região do Parque das Emas, assim como grande parte da Amazônia, ficou livre de nuvens entre maio e setembro de 2010, permitindo que o sensor Modis, a bordo da Plataforma Terra, da Nasa, colecionasse boas imagens da Terra.
Um mês após as queimadas no Parque das Emas, novas imagens captadas pelo sensor Modis mostraram o início da regeneração da vegetação na reserva.
“O resultado desta análise nos mostra, com segurança, que temos tecnologia para mapear áreas de queimadas em bioma Cerrado. A metodologia está pronta para ser utilizada pelos ministérios vinculados às questões ambientais do país”, afirma Paulo Roberto Martini, do INPE.
A regeneração observada no Parque das Emas ainda no mês de setembro mostra que as outras áreas queimadas no mesmo período dentro do Bioma Cerrado devem seguir o mesmo padrão. A chegada das chuvas de novembro irá acelerar o processo de regeneração sendo possível que para dezembro as assinaturas das áreas queimadas no cerrado estejam apagadas, mas seus danos ambientais certamente permanecem.