Um dos mais típicos hábitos ingleses se revela na primavera. Depois dos sofríveis meses de frio, nada como aproveitar o sol (ainda um pouco tímido) nas espreguiçadeiras dos parques londrinos.
E lá estava eu, na grama, numa manhã “quente” de domingo.
Além da alegria de acordar e deparar com um céu praticamente sem nuvens, ao tomar a famosa Piccadilly Line com destino à estação de Hyde Park, encontro no assento ao lado um livro abandonado.
Foi a primeira vez que encontrei um livro (de Shakespeare) propositadamente esquecido.
Já conhecia o projeto chamado BookCrossing, criado por Ron Hornbaker em 2001, mas nunca tinha tido a sorte de achar um livro como aquele, que havia viajado por vários países até chegar a um banco do metrô londrino.
A idéia de criar o BookCrossing foi inspirada em sites similares, como o WheresGeorge.com (que rastreia notas de dólar pelo número de série).
O lema, então, é: “Leia um livro. Se gostou, passe-o para a frente”.
Depois de se inscrever no www.bookcrossing.com e conseguir um número de cadastro para o livro que se vai ler, o próximo passo (depois de lida a obra, claro) é se dirigir a um lugar público e “acidentalmente” esquecê-la por lá, para que o próximo leitor possa encontrá-la.
E se o novo leitor seguir direitinho as instruções contidas na primeira página, declarando o número de cadastro no site, é possível rastrear a caminhada do livro e saber por quantos lugares ele já andou.
Bacana, não? É como fazer do mundo uma grande biblioteca. Continua
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Uma biblioteca do tamanho do mundo
Via blog do Noblat - Texto Mariana Caminha - 10.05.2010