domingo, 11 de outubro de 2009

As Olimpíadas no país sem direito ao esporte

Via EcoDebate - Por Bruno Lima Rocha 10.10.2009






[EcoDebate] Na sexta-feira dia 02 de outubro, o país dos extremos viveu mais um contra senso. O governo de Lula, o mesmo que cortou em 85,69% o orçamento do Ministério do Esporte (ME) para 2009, comemora a realização de uma Olimpíada no Brasil. Entramos em júbilo quando o Rio de Janeiro foi eleito como cidade sede das Olimpíadas de 2016. O presidente fez-se acompanhar por um verdadeiro séquito de atletas, ex-atletas, dirigentes esportivos, personalidades, ministros e políticos no exercício do mandato. Autoridades choraram copiosamente e cantaram com desenvoltura. Tudo estaria perfeito, caso não faltasse o principal elemento. Na festa olímpica brasileira, faltou o direito ao esporte.

Logo após o anúncio acompanhei toda a mídia possível, com especial atenção aos críticos da realização dos Jogos. A preocupação majoritária, muito justa por sinal, era a de superfaturamento das obras no Rio, a julgar pela balbúrdia no Panamericano de 2007. Infelizmente, nenhuma palavra foi dita a respeito do Ministério do Esporte, seu orçamento ínfimo e da ausência do esporte olímpico como base da educação física brasileira. Trata-se de um problema de fundo estrutural e não vejo autoridade neste governo de turno ou nos anteriores com disposição para aí intervir.

O Estado brasileiro faz tudo ao contrário. A educação para o desporto não deveria ser uma atividade vinculada somente à Secretaria Nacional de Esporte Educacional (SNEED), órgão da pasta comandada pelo ex-presidente da UNE, Orlando Silva Jr, mas sim como parte do orçamento do Ministério da Educação. Continua



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