Umas das maiores polêmicas que tomou conta das listas de discussões e salas de debates culturais na grande rede mundial de computadores, diz respeito ao “veto” ou “censura” imposto ao renomado romancista, dramaturgo, poeta, pintor, ator de vários filmes e espetáculos teatrais, W. J. Solha, que teve sua proposta de espetáculo para a Semana Santa de 2010 promovido anualmente pela Prefeitura de João Pessoa, vetada pelo autor de “Mama Africa” Chico César, que atualmente é presidente da Funjope. Para Chico César, “a idéia de Solha é polêmica demais e de difícil compreensão para um público de espetáculo ao ar livre”. Segundo as informações colhidas pelo ClickPB, o prefeito Ricardo Coutinho teria feito uma exigência para que a "Paixão de Cristo" de 2010, ano eleitoral, fosse um espetáculo "original", diferente, dos apresentados até então, sob o patrocínio da Prefeitura Municipal de João Pessoa.
O teatrólogo Elpídio Navarro, revelou em seu portal “El Theatro” que W. J. Solha foi buscar no seu último romance, "Relato de Prócula", que a crítica recebeu com euforia enaltecedora, o tema inovador para a sua proposta, que, ao que parece, foi considerada inovadora demais pela Funjope: “Eu discordo: o talvez referente à compreensão do público. Eu fui público várias vezes dos espetáculos anteriores. Presentes estavam também o leite e a nata da intelectualidade de João Pessoa e alhures: estudantes, professores, artistas, jornalistas, escritores, tudo isso eu vi por lá. Se parte do público era formada por anônimos pessoenses, ótimo, pois a convivência transformava-se num bom aprendizado para ambos os lados. Então, acho o talvez de Chico César precipitado e margeando o preconceito. Quem ou o que lhe assegura que o público não iria entender a proposta de Solha?” afirma o professor de Artes da UFPB, Elpídio Navarro. Continua
