quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Floresta pode estar absorvendo menos carbono que o estimado
JC e-mail 3877, de 27 de Outubro de 2009.
Floresta pode estar absorvendo menos carbono que o estimado
A constatação é do pesquisador Júlio Tota, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Programa LBA, que defendeu a afirmação como tese de doutorado, nesta segunda-feira, dia 26
A floresta amazônica, conhecida mundialmente como sendo responsável pela absorção de grandes quantidades de carbono da atmosfera, pode estar executando a tarefa em escala bem menor do que acredita boa parte da comunidade científica internacional.
A constatação é do pesquisador Júlio Tota, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA).
De acordo com o pesquisador, que defendeu a afirmação como tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Clima e Ambiente na manhã desta segunda-feira, dia 26, o resultado partiu de um trabalho comparativo entre o monitoramento das trocas gasosas entre a biosfera e a atmosfera na região amazônica feitas por duas torres do Programa LBA e um trabalho paralelo de monitoramento, realizado pelo pesquisador ao longo de seis anos.
As torres de monitoramento do Programa LBA, responsáveis por medir os "fluxos verticais" de vapor de água, energia e gás carbônico entre a floresta e a atmosfera, ficam situadas em dois pontos distintos da região amazônica: na Floresta Nacional do Tapajós, em Santarém (PA), e na Reserva Biológica do Cuieiras, em Manaus.
A pesquisa de Tota consistiu na instalação - ao redor das torres - de equipamentos complementares que permitiram monitorar, também, o chamado "escoamento horizontal" do carbono.
Método atual não é preciso
"O atual modo de monitoramento, criado nos anos 50 e que é usado pelas torres do Programa LBA, leva em consideração duas variáveis, que são o fluxo vertical turbulento e o fluxo de armazenamento abaixo do nível de medida, em geral acima da floresta", explica o cientista. Continua