ANNE DRAPKIN LYERLY
MARGARET OLIVIA LITTLE
RUTH R. FADEN
especial para o New York Times
Mulheres grávidas são inundadas com conselhos sobre o que devem evitar: cafeína, tinta, queijo, sushi. Mesmo quando as evidências de possíveis danos são fracas ou puramente teóricas, a principal advertência é: "Não tome, não use, não faça".
Em algumas situações, os avisos são justificáveis; na maioria, são meramente inconvenientes e provocam ansiedade. No caso da gripe pandêmica, entretanto, ele pode ser fatal. Com a segunda onda da gripe suína chegando, e com até 50% das pessoas em risco, o modo usual de pensar sobre gravidez e medicamentos ameaça piorar ainda mais uma situação já preocupante.
Os perigos desse pensamento se tornaram assustadoramente aparentes neste verão, quando um estudo publicado no "The Lancet" relatou taxas notavelmente altas de mortalidade, e de complicações como pneumonia, em mulheres grávidas com a gripe H1N1. A gravidez significava um risco quadruplicado de hospitalização, algumas vezes com consequências trágicas; todas as mulheres grávidas que morreram haviam começado relativamente saudáveis.
Desde então, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças colocaram as mulheres grávidas no topo da lista de prioridades para a vacina, e recomendaram que elas começassem a receber medicamentos antivirais assim que possível após exposição ao vírus e após a aparição de sintomas de gripe. Continua
"Minha escrita sempre tratou de como uma ditadura surge, como uma situação pode ocorrer em que um punhado de pessoas poderosas dominam um país e o país desaparece, e só resta um Estado." Herta Müller, Prêmio Nobel de Literatura 2009