quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Ensino médio ganha espaço na agenda pública



JC e-mail 3864, de 07 de Outubro de 2009.
Ensino médio ganha espaço na agenda pública


Roubo das provas do Enem atrapalha programa que desde 2004 elevou em 47% a verba por aluno

Luciano Máximo escreve para o "Valor Econômico":

Depois de décadas estacionado num limbo entre o fim da educação básica e a entrada na universidade, o ensino médio público ganha espaço na agenda das políticas públicas brasileiras.

O novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que foi adiado na semana passada por causa do roubo das provas, afetando mais de 4 milhões de jovens, é a parte mais visível das mudanças planejadas pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, que defende a substituição do vestibular pelo exame e seu uso como catalisador de transformações no currículo desta etapa da formação escolar.

O ensino médio é a etapa da educação menos assistida financeiramente pelo setor público. O investimento direto anual por aluno neste ciclo, apesar de ter crescido 47% em valores reais desde 2004 ainda é o mais baixo (R$ 1.572), quase oito vezes menor que o valor por estudante das universidades federais (R$ 12.322) e inferior também ao gasto por crianças na pré-escola (R$ 1.647), segundo cálculos de 2007 do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado 84% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos estavam na escola, não necessariamente no ensino médio. Continua