sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Comunitários bloqueiam e retém balsa com madeira ilegal no rio Arapiuns

Via Greenpeace - 21.10.2009


Santarém, Brasil — Moradores da Gleba Nova Olinda pressionam o governo do Pará por soluções para o caos fundiário e ambiental na região

Duas balsas carregadas de madeira ilegal estão, desde o último sábado, retidas por moradores da Gleba Nova Olinda, no município de Santarém, oeste do Pará. A quantidade retida de madeira está estimada entre 500 e 600 toras, algo em torno de 1,5 mil metros cúbicos. Após dez dias de iniciado o ´empate´ no rio Arapiuns, cerca de 400 moradores de 25 comunidades seguem mobilizados para impedir a descida de quaisquer balsas transportando madeira. O protesto quer chamar a atenção do governo do Pará para o caos fundiário e a intensa atividade de exploração de madeira na Gleba que, segundo os moradores, é ilegal. De acordo com relatos locais, a cada semana de cinco a dez balsas de madeira descem o rio.

O bloqueio, iniciado no feriado de 12 de outubro, acontece dois anos depois da chamada descentralização da gestão florestal na Amazônia. Quando a competência pelas autorizações por novos planos de manejo passou para os estados, a expectativa era de agilizar o combate à ilegalidade. No entanto, o que aconteceu na realidade foi que as deficiências dos órgãos estaduais de meio ambiente diminuíram o controle sobre o fluxo da produção de madeira amazônica. Continua


Legenda da foto: Balsa carregada de madeira está bloqueada no rio Arapiuns desde o dia 12 de outubro por comunitários e lideranças indígenas de 25 comunidadades da gleba Nova Olinda.