28.08.2010
No corredor da morte desde 2006 e à espera de uma definição da Justiça do Irã sobre o seu caso, Sakineh Mohammadi Ashtiani [à direita numa foto de 2004] vem sendo enganada pelos guardas da prisão de Tabriz, que dizem que ela foi abandonada pelos dois filhos e não permitem visitas, como noticia nesta sexta-feira o jornal britânico "Guardian".
A iraniana, de 43 anos, foi condenada à morte acusada de adultério e envolvimento na morte do marido.
Sajjad, de 22 anos e filho mais velho, contou ao jornal que tentou visitar a mãe junto à irmã Saide, mas foi impedido pelos guardas, que disseram que Sakineh não estava com vontade de recebê-los.
Depois, Sakineh ligou para Sajjad e disse que, a informação que havia recebido dos guardas era de que ninguém tentou visitá-la e que seus filhos a haviam abandonado.
- Eles estão obstinados. Estão simplesmente buscando meios diferentes de maltratar minha mãe e nós, seus filhos - afirmou Sajjad.
Segundo ele, Sakineh não é autorizada a receber visitas de seu advogado, Houtan Kian, desde que, no início do mês, admitiu na TV ter cometido adultério e participado do assassinato do marido.
As confissões foram amplamente contestadas por seus filhos e pelo advogado, que afirmam que só foram conseguidas sob tortura.
Leia mais em Guardas de prisão dizem à iraniana Sakineh que ela foi abandonada pelos filhos
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