segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Água e fogo: relação direta no Cerrado

Via O ECO
Por Carlos Secchin
17.08.2010

No momento, o nível de secura do ar exige-nos um total estado de alerta contra a ameaça que o fogo impõe à nossa região, o Cerrado. Mesmo que contando com tanta e bem distribuída água, ficamos expostos à propagação resultante do forte vento que sopra nesta estação.

Nossos aceiros têm o dobro da largura dos da região e o capim que cresce à beira da estrada é, periodicamente cortado para não facilitar o alastramento de fora para dentro da propriedade. São medidas preventivas que, nesses tempos de fumaça densa, tem nos garantido a saúde das florestas e das fontes.

Parte dessa preocupação deve-se ao fato de que as nossas surgências (fontes captadas) dependem da proteção da camada vegetal nativa que cobre o solo e, a melhor maneira de impedir que o fogo se propague sobre uma savana naturalmente inflamável é com a preservação de floresta úmida e compacta.

Quando não se respeita a obrigatoriedade de se preservar 35% da vegetação nativa, o resultado dessa irresponsabilidade que os olhos não vêem, mas sentem com a fumaça é o contínuo e inexorável rebaixamento do lençol freático da região.

Com a acelerada e descontrolada expansão populacional e agropecuária no Centro Oeste não nos deixa dúvida de que uma tragédia de grandes proporções encontra-se em curso – OS INCÊNDIOS INCONTROLÁVEIS E A DESERTIFICAÇÃO DO SOLO DA SAVANA MAIS RICA DO PLANETA. Continua

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