Com o rosto coberto e a voz dublada, mulher “confessa” ser cúmplice na morte do marido. Irã tenta mudar foco do adultério para caso de homicídio
mostra o que seria a confissão de Sakineh Ashtiani
O governo do Irã reforçou nesta quinta-feira (12) sua campanha contra Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, levando ao ar uma suposta confissão de assassinato da mulher. Ao mesmo tempo, o embaixador do Irã no Brasil deu entrevista reafirmando que Sakineh não é acusada apenas de adultério, como inicialmente divulgado, mas também de assassinato.
Sakineh apareceu nesta quinta em um programa de TV de uma emissora estatal do Irã (reproduzido pela britânica BBC) e disse ser cúmplice na morte do marido. Com o rosto coberto por uma imagem granulada e falando por meio de um dublador (que traduzia do azeri, língua falada por Sakineh), a mulher disse ainda que teve um caso com o primo do marido, o suposto assassino. Ela também acusou seu advogado de destruir a família e a imprensa ocidental de interferir em sua vida pessoal.
Mesmo com toda a boa vontade com o Irã, é difícil crer que uma mulher presa há quatro anos e aguardando a pena de morte reclame que a imprensa estrangeira esteja divulgando frequentes reportagens contra sua execução e que seu advogado esteja fazendo uma campanha mundial contra o apedrejamento. Continua
Assine a petição e divulgue!
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