Novelista fala que país não tem ética e que mocinhos precisam usar armas dos vilões
Silvio de Abreu falou que teve de tornar Passione mais simples para que público entendesse
O autor de novelas Silvio de Abreu encerrou nesta sexta-feira (13) o ciclo Encontros Estadão & Cultura, parceria do jornal O Estado de S.Paulo com a Livraria Cultura que discutiu os 60 anos da TV no Brasil. O encontro aconteceu no teatro Eva Herz, dentro da Livraria Cultura, na avenida Paulista, em São Paulo.
Coube a Abreu falar sobre o filão das telenovelas, principal produto da indústria televisiva nacional. Em sua fala, o autor criticou a qualidade intelectual do telespectador brasileiro nos dias atuais. Ele ressaltou a piora na educação no país e lembrou que, na década de 1970, tinha telespectadores mais inteligentes.
- Hoje, você fica fazendo um monte de coisa e não se aprofunda em nada. Porque o público está assim, né? Então, quando você vai fazer uma coisa que exige certo raciocínio, precisa ter muito cuidado.
Como exemplo da preguiça do telespectador para acompanhar coisas mais complexas, o novelista citou a reação aos primeiros capítulos de sua atual novela, Passione.
- Quando fizemos as primeiras pesquisas de Passione, as pessoas diziam que nessa novela não aconteciam nada. Como não acontece nada, meu Deus do céu? Não é que não acontecia, é que elas não entendiam a história. Não conseguiam acompanhar. Por quê? Porque eram muitas informações ao mesmo tempo. Continua
foto: Julia Chequer/R7
sábado, 14 de agosto de 2010
Silvio de Abreu diz que telespectador emburreceu
Via R7 - 13.08.2010
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A entrevista pode ser vista AQUI!