28.08.2010
Vera Araújo, O Globo
O drama da menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, de 5 anos, suspeita de maus-tratos, atendida por um falso médico, expôs uma ferida que traz sério risco à saúde pública do estado: o recrutamento de estudantes de medicina para atuarem como médicos.
O GLOBO revela que, ainda nos primeiros períodos da faculdade de medicina, universitários são contratados por médicos, cooperativas e hospitais, para trabalharem em plantões, pelos quais recebem, em média, R$ 200, quando um profissional formado ganha mil reais.
A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP) investiga essa rede de médicos e cooperativas que recrutam os estudantes para a prática ilegal da medicina.
A cooptação de estudantes, sem a supervisão de médicos, fora dos estágios regulamentados por lei, é comum, principalmente, na Zona Oeste, na Baixada Fluminense e em municípios do interior.
Universitários ouvidos pelo GLOBO contam que, muitas vezes, os primeiros contatos para atrair a mão de obra deles surgem nos corredores das universidades ou em hospitais e clínicas.
Também é bastante comum um estudante indicar outro colega, quando ele próprio fica sobrecarregado de "serviços". Continua
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