O 'grave'crime da faixineira
Do blog de Paixão Barbosa, em A TARDE
Não dá para acreditar que a faxineira Adnalva Maurício de Souza continua presa em Salvador, sob a acusação de tentativa de subornar funcionário público, porque levou R$ 490 para uma delegacia de polícia acreditando que, com aquele valor, poderia conseguir a liberdade do seu filho, acusado de tráfico de drogas.
A pobre mulher diz ter obedecido ao pedido de alguém da própria delegacia e, como não tinha os R$ 500 solicitados, teve que fazer uma “vaquinha” na vizinhança, mas ainda assim conseguiu reunir comente R$ 490.
Diarista, Adnalva foi detida ao chegar à delegacia e dizer, ingenuamente, que estava levando o dinheiro para libertar o filho. Pela letra fria da lei, ela realmente cometeu um crime.
Mas, quando se examina as circunstâncias que envolvem o caso salta aos olhos a injustiça da prisão de uma mulher semianalfabeta que apenas achou que estaria ajudando o filho a sair da prisão.
Enquando isto acontece num País onde grandes corruptores sequer são acusados do crime – quando muito se punem os funcionários corrompidos – esta injustiça ganha contornos de grande absurdo.
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