quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ativista iraniana espera intervenção de Dilma contra execução de Sakineh

Via BBC-Brasil
03.11.2010


Manifestantes protestam em Paris
contra o enforcamento da iraniana
A porta-voz de uma organização internacional que luta contra a prática do apedrejamento disse esperar que a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, intervenha para tentar evitar a execução da iraniana Sakineh Ashtiani, condenada à morte em seu país por adultério.

"Dilma é mulher e conhece bem os problemas enfrentados por mulheres", disse a ativista iraniana Mina Ahadi, do Comitê Internacional contra Apedrejamento (Icas), por telefone, à BBC Brasil.

Ahadi disse saber que o Brasil tem bom trânsito com as autoridades iranianas, mas afirmou que ainda não teve conhecimento de nenhuma manifestação recente por parte do Brasil a respeito do caso.

A execução da iraniana estava marcada para esta quarta-feira, mas não ocorreu, segundo o Icas.

Ahadi disse que a execução não poderia mais ser realizada no decorrer do dia porque "as execuções são realizadas no nascer do sol, e ela (a execução de Sakineh) não ocorreu".

Segundo Ahadi, a pressão realizada por governos europeus e pelo Parlamento da União Europeia na véspera da execução pode ter levado as autoridades iranianas ao adiamento.

"Mas Sakineh continua em grave perigo", disse Ahadi. "Ela pode ser executada nos próximos dias". Continua

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