Por Alex Sander Alcântara
10/11/2010
Cientistas contam como a filogeografia tem fornecido ferramentas importantes para entender a evolução de espécies em ambientes em constante mudança (Wikimedia) |
Apesar de a ciência ainda não ter respostas precisas a essas questões, a filogeografia – associada a áreas como biogeografia, biologia e geociência – tem fornecido ferramentas importantes que têm ajudado a elucidar aspectos relacionados à biologia da evolução.
Além dos desafios da filogeografia, essas questões marcaram o Simpósio Internacional sobre Filogeografia, organizado pelo Programa Biota-FAPESP.
Lacey Knowles, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, destacou o interesse crescente no mundo acadêmico com relação ao uso de dados genéticos para distinguir espécies.
“Os dados genéticos podem oferecer um instrumento valioso para identificar espécies. Contudo, o caminho pelo qual esses dados são interpretados pode levar a conclusões enganosas e, especificamente, a um fracasso em reconhecê-las”, afirmou.
A pesquisadora falou sobre consequências genéticas de mudanças induzidas pela alterações no clima. Os estudos conduzidos por seu grupo pretendem analisar macropadrões genéticos e a adaptação potencial das espécies em determinadas condições.
Para Nuno Ferrand, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio) da Universidade do Porto, em Portugal, o desenvolvimento e a diversificação da biologia, da genética molecular e da genômica, além do advento dos métodos de análise associado à crescente capacidade dos computadores, tornam possível o aumento do conhecimento a respeito de como as espécies se adaptam.
Segundo ele, uma das dificuldades atuais da filogeografia é tentar explicar por que algumas espécies se adaptam e reagem de formas diferentes em relação às mudanças e alterações ambientais. Continua