terça-feira, 30 de novembro de 2010

Conferência do Clima da ONU começa sem esperança de tratado com metas

Via Estadão, há 487 dias sob censura
Por Afra Balazina
29.11.2010


Ninguém espera que saia de Cancún, durante a Conferência do Clima da ONU (a COP-16), um tratado global com as metas obrigatórias para os países cortarem suas emissões dos gases que provocam o aquecimento global. A crise econômica que atinge a Europa e a falta de uma lei nacional de mudanças climáticas nos Estados Unidos são um grave entrave para as negociações.

"As condições internacionais não se tornaram mais favoráveis a um acordo. Nada leva a crer que nós temos condições de concretizar o que não foi possível em Copenhague", disse o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado.

Apesar de ser praticamente impossível firmar em Cancún um acordo válido juridicamente para limitar o aumento da temperatura a 2°C - considerado pelos cientistas como um patamar relativamente seguro -, há avanços que podem ocorrer no México a partir de hoje, quando tem início a reunião que sucede o fracasso da COP-15, em Copenhague. E, por isso, ambientalistas cobram seriedade nos trabalhos - eles temem que os representantes das 194 nações encarem o evento no balneário como um "passeio na praia". Continua