sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Rio vive dia histórico no combate aos traficantes de drogas

Jornal Nacional
25.11.2010












Jornal da Record
25.11.2010








Bom dia Brasil
26.11.2010







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- Capitão Nascimento
Via blog do Noblat
Por Merval Pereira
26.11.2010

Ontem foi dia de a realidade imitar a arte. Foi dia de torcer pelo Capitão Nascimento de Tropa de Elite, que todos nós vimos em ação, ao vivo e a cores, nas reportagens das emissoras de televisão. Que o personagem de Wagner Moura tenha se tornado o novo herói nacional é um sinal dos tempos, não necessariamente um bom sinal.

Ontem entraram em ação centenas de capitães Nascimento encarnados em cada um dos soldados do BOPE, que o personagem do filme de José Padilha se orgulha de ter transformado em “uma máquina de guerra”.

E quando essa máquina de guerra conseguiu colocar em disparada várias dezenas de bandidos em fuga pela mata, em direção ao Morro do Alemão, houve comemoração do cidadão comum que assistia à TV Globo como se acompanhasse um filme de aventura em que os mocinhos eram os policiais.

Ou como se aquelas imagens em tempo real fizessem parte de um game em que o telespectador poderia interferir manejando os comandos.

Mas foi também dia de a população como um todo tomar consciência da gravidade da situação, que muitas vezes só é sentida na carne pelas comunidades mais carentes.

A ação de terrorismo distribuída por toda cidade, que já vinha sendo revelada com os arrastões na Zona Sul nos últimos dias, evidenciou que essas facções criminosas continuam ativas e bem armadas, com capacidade de levar o pânico a qualquer ponto.

O ponto positivo foi ver a reação policial, que deu a sensação de ter sido bem coordenada e comandada com extrema cautela para não colocar em risco a população. E mesmo assim eficiente.

É claro que a realidade lá fora mostrava uma cidade apavorada, quase deserta, com as pessoas escondidas dentro de casa.

Nas localidades envolvidas diretamente na guerra, era possível ver vez por outra lençóis brancos sendo acenados em pedidos desesperados de paz, enquanto as ações de guerrilha continuavam na Vila Cruzeiro, que acabou sendo dominada pelas forças públicas.

Essa verdadeira operação de guerra que se desenvolveu durante todo o dia na região da Penha mostrou uma grande ofensiva policial feita por 150 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e 30 fuzileiros navais com rostos pintados, colocando várias dezenas de bandidos em fuga, permitindo que a polícia ocupasse o alto da Vila Cruzeiro, aonde não conseguiam chegar a anos.

E tudo mostrado ao vivo pelos helicópteros das televisões, que deixaram os telespectadores espantados com o poder de fogo dos bandidos, e a quantidade de pessoas envolvidas nessa guerra. Continua