11.11.2010
As casas ao fundo com castanheira solitária. No primeiro planos as árvores tombadas (foto Vandre Fonseca) |
“Na área onde estão construindo as casas existiam cerca de 150 castanheiras, mas quando estivemos lá uns dias atrás nós contamos só umas sessenta árvores”, conta Edílson Albarado, do Movimento de Defesa do Meio Ambiente de Parintins. De acordo com ele, as castanheiras que sobraram estão em uma área onde o restante da vegetação já foi retirada para ampliação do conjunto residencial.
O sacrifício das árvores, que começou no final do ano passado, foi denunciado a órgão de fiscalização ambiental, ao Ministério Público e à Justiça. O licenciamento do Instalação do conjunto residencial foi concedido pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
A justificativa dada pelo Ipaam para o licenciamento é de que a proibição de corte vale apenas para a exploração comercial da árvore, e não para a construção de casa. A castanheira é uma das espécies cujo a corte é proibido por lei federal.
Albarado afirma que muitas destas árvores foram parar em fornos de para a fabricação de tijolos ou de padarias. “Nós encontramos toras no pátio de uma olaria”, destaca. Continua