quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Crossdressers


Por Verônica Mambrini, iG São Paulo | 26/09/2010

Crossdressers - quando o feminino pede espaço num corpo masculino

A relação com a mulher e a família podem ser preservadas com diálogo e informação, inclusive a vida sexual do casal

“Ninguém nasce mulher, aprende-se a ser.” A máxima da filósofa francesa Simone de Beauvoir não serve apenas para as que nasceram biologicamente mulheres. Muitos homens, ao longo da vida, vão ter necessidade de expressar uma identidade feminina que se manifesta sobretudo na aparência. Desde pequeno, nas primeiras lembranças da infância, Geraldo sabia que parte de sua personalidade era mulher. “Fui educado para ser um heroi masculino e nunca me adequei. É muito difícil para um homem aceitar que não se enquadra nas tradições e no que se espera dele”, afirma. Hoje, a identidade feminina de Geraldo, 58 anos, é Letícia Lanz. “Não sou homem nem mulher. É uma questão de expressão.” Continua


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Por Guss de Lucca, iG São Paulo | 26/10/2010

Laerte em carne, osso e minissaia

Cartunista fala sobre o fato de se vestir com roupas femininas, o abandono de alguns personagens e de sua fama

Há quase duas décadas Laerte Coutinho faz parte da rotina de milhares de brasileiros. Graças às suas tiras, publicadas diariamente em quatro jornais brasileiros - entre eles a Folha de S.Paulo -, e aos quadrinhos lançados em formato de livros, o cartunista é apontado por público e pela classe artística como um gênio do estilo - título que ele indubitavelmente refuta.
Apesar de ter lançado recentemente a HQ "Muchacha" (Companhia das Letras), história sobre uma série dos anos 1950 e suas reviravoltas que foi definida pelo autor como um "graphic-folhetim", Laerte tem chamado a atenção da mídia nos últimos anos pelo abandono de seus personagens e pela prática do crossdressing, que em resumo consiste em vestir-se com roupas femininas. Continua


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Por Deborah Bresser | 26/10/2010

“Ser mulher é muito caro”

O cartunista Laerte, que passou a se vestir de mulher, diz que suas despesas agora incluem manicure, depilação, lingeries e sapato

Morador de uma ruazinha bucólica no bairro do Butantã, em São Paulo, o cartunista Laerte que nos recebe à porta em nada lembra o cartunista Laerte. Mais parece uma senhora do interior. Cabelos grisalhos com franja, pouco abaixo das orelhas, de onde pendem brincos de brilho discreto, camisa com estampa indiana, unhas vermelhas, nas mãos e nos pés, que calçam um par de Havaianas brancas, e com uma ousada minissaia jeans para seus 60 anos de idade, a imagem revela uma fase peculiar na vida do artista. Laerte é crossdresser, e vem, segundo afirma, explorando o guarda-roupa feminino como forma de expressão. Mais do que se travestir, Laerte diz que está interessado em romper as barreiras que limitam os gêneros. Em entrevista exclusiva ao iG Moda, o cartunista revela detalhes dessa sua incursão no armário das mulheres. Continua