segunda-feira, 1 de novembro de 2010

'Terras' fora do Sistema Solar podem ser comuns, diz estudo

Via G1/29.10.2010


Para astrônomos, uma em cada 4 estrelas contaria com astro como o nosso.
Pesquisa considerou corpos com 5 até 30 vezes a massa do 'Planeta Azul'.


 
Exoplanetas como Gliese 581g, mostrado na ilustração acima, podem ser mais comuns do que o estimado anteriormente, segundo Andrew Howard e Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
(Crédito: AP / Zina Deretsky / Fundación Nacional para la Ciencia)

 
Durante a pesquisa, os astrônomos focaram a atenção em um total de 166 estrelas a até 80 anos-luz do Sistema Solar. Um ano-luz é a distância percorrida pelo raio de luz durante um ano, com velocidade de aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo - a medida equivale a cerca de 9 trilhões de quilômetros.

Os pesquisadores procuraram por abalos na órbita das estrelas, do tamanho do Sol ou tipos menores conhecidos como anãs-laranjas, causados por planetas entre 3 até 1.000 vezes o volume da Terra.

Descobriram que 1,6% dos "sóis" contavam com companheiros sem luz própria do tamanho de Júpiter. Doze por cento tinham planetas de três até dez vezes a massa da Terra, os menores possíveis de serem detectados.

Os dados coletados pelos cientistas de Berkeley mostram que astros do tamanho de Netuno ou menores podem ser mais comuns que gigantes como Júpiter.

"Se pegarmos 100 estrelas como o Sol, um ou dois planetas vão ter o tamanho de Júpiter, quase seis teriam o volume de Netuno e cerca de 12 seriam quase como a Terra", diz Howard. "Nós arriscamos dizer que a estimativa para astros com apenas 1,5 e duas vezes o tamanho do nosso planeta é de 23% para cada centena de estrelas."

Durante o levantamento, os astrônomos também catalogaram 12 novos exoplanetas, a serem confirmados pela comunidade científica. Caso sejam validados, a equipe terá ligado 45 planetas em órbita de 32 estrelas. Continua