01.10.2010
Consenso entre 193 países em conferência sobre biodiversidade gera o Protocolo de Nagoya, que pretende frear o desaparecimento de espécies |
Seja para jogar baralho ou discutir políticas, ao se colocar 193 países numa mesma mesa, as chances de um bom resultado são mínimas. Especialmente quando as decisões tem de ser tomadas por consenso, como é o caso da CDB e da sua irmã, a Convenção sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), ambas nascidas na icônica Rio 92, há 18 anos. Reportagem de Herton Escobar, em O Estado de S.Paulo.
Após o fracasso da conferência do clima de Copenhague (a COP-15 da UNFCCC), no ano passado, a expectativa de que algo positivo poderia sair da conferência da biodiversidade em Nagoya, no Japão, parecia um tanto ingênua. Mas aconteceu. Foi por um triz. E nem todo mundo ficou feliz. Mas aconteceu.
Ao fim de uma angustiante plenária final, que se arrastou em negociações madrugada adentro, a COP-10 aprovou, com o consentimento dos seus 193 países, um pacote de medidas para frear o crescente ritmo de destruição da biodiversidade. Entre elas, a criação de um protocolo internacional de regras sobre o uso de recursos genéticos de plantas, animais e microrganismos. Se a UNFCCC tem o Protocolo de Kyoto, a CDB tem o Protocolo de Nagoya. Ambos, curiosamente, “nascidos” no Japão. Continua